À medida que o mercado continua a evoluir, espera-se que novas oportunidades e desafios surjam, moldando ainda mais o futuro do varejo no Brasil (Jacob Wackerhausen/Getty Images)
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Publicado em 13 de agosto de 2024 às 10h00.
Por Júlio Takano*
Algum tempo atrás, um artigo assinado por diretores da McKinsey dava conta que à luz da disrupção inédita no setor, as medidas que um varejista tome hoje podem determinar se ele passará os próximos 20 anos como líder ou retardatário, fazendo uma alusão direta ao ecossistema de negócios. Modelo que aos poucos o varejo brasileiro vai se familiarizando em uma velocidade ainda de baixa rotação que, por vezes, pode até assustar em razão das transformações constantes e ágeis pelas quais estamos vivendo.
Uma coisa é certa, os consumidores não estão pesquisando como costumavam e abandonam as marcas sem pensar duas vezes. Praticidade, sustentabilidade e agilidade são a bola da vez, sem dúvida nenhuma.
Pesquisas da McKinsey mostram que os consumidores estão dispostos a comprar serviços adjacentes dos varejistas. Há um bom tempo, por exemplo, o Walmart oferece serviços financeiros e a Amazon vem fazendo incursões na área da saúde. Já os principais varejistas de pet shop, como a Petco, estão prestando serviços veterinários, alimentação e de tosa. No Brasil, temos bons exemplos com a Tramontina, a Multfer e a Casa Teruya, que transformaram suas operações a partir do ecossistema de negócios.
O ecossistema de negócios desempenha um papel fundamental na expansão de uma loja, oferecendo suporte, oportunidades e recursos que podem impulsionar o crescimento sustentável. Participar desse modelo permite que uma empresa alcance novos mercados e consumidores que, de outra forma, poderiam ser inacessíveis. Isso é particularmente relevante em plataformas online e marketplaces, onde milhões de consumidores estão ativos diariamente.
Muitos ecossistemas de negócios proporcionam oportunidades valiosas de networking e parcerias estratégicas. Essa conexão com outros empreendedores, fornecedores, investidores e especialistas do setor pode abrir portas para colaborações que beneficiam o crescimento da companhia, seja através de novos produtos, serviços complementares ou expansão geográfica.
Em um mercado competitivo e dinâmico, estar inserido em um ecossistema de negócios permite que a varejista acompanhe as tendências e se adapte rapidamente às mudanças do mercado. Isso inclui a adoção de novas tecnologias, estratégias de marketing inovadoras e ajustes na oferta de produtos conforme as demandas dos consumidores.
Como se percebe, essa expansão do ecossistema de negócios no varejo brasileiro não apenas proporciona mais opções aos consumidores, mas também cria um ambiente competitivo que incentiva a inovação e a melhoria contínua dos serviços e produtos oferecidos. À medida que o mercado continua a evoluir, espera-se que novas oportunidades e desafios surjam, moldando ainda mais o futuro do varejo no Brasil.
*Júlio Takano é CEO da KT Arquitetura de Negócios.
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