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João Kepler: Cinco coisas que analiso em uma startup

Se você está buscando ou vai buscar investimento para o seu negócio, é preciso entregar o mínimo que os investidores vão avaliar; saiba quais são

Existe nos negócios e na nova economia uma mentalidade que poucos conseguem aplicar. (oxygen/Getty Images)

Existe nos negócios e na nova economia uma mentalidade que poucos conseguem aplicar. (oxygen/Getty Images)

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Publicado em 7 de setembro de 2021 às 09h00.

Por João Kepler*

Existe um provérbio chinês que diz que “se você quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo afiando o machado”. E acredito que ele se aplica em qualquer esfera da vida, ou seja, antes de fazer alguma coisa esteja preparado para isso.

Na prática, ao aplicar este conselho no mundo das startups, se você está buscando ou vai buscar em breve investimento para o seu negócio, precisa entregar o mínimo que os investidores vão avaliar. Do contrário, será uma perda de tempo e uma enorme frustração.

Mesmo que o seu negócio esteja em uma fase inicial, elenquei cinco pontos que a meu ver são indispensáveis em uma análise de startup, independentemente de onde você pretende chegar, a partida é igualmente importante porque é ela que vai demonstrar, em suas devidas proporções, se você terá condições ou não de alcançar o que almeja.

1) O empreendedor: Ele é capacitado? Tem brilho nos olhos? Sabe o que está fazendo? Tem track record?

2) Qual problema resolve: É o famoso Problem Solution Fit. Não chegue em mim dizendo “João, criei uma Startup que vai ser a nova Uber”. Troque por “João, sabe aquele seu problema com tal coisa? Criei um negócio que resolve isso!”.

3) O MVP: Já tem um MVP em andamento ou já validado? Quais foram os resultados? Por mais clichê que possa parecer para alguns, um MVP (Minimum Viable Product, ou, em português, Produto Minimamente Viável) é sim a melhor forma de garantir mais acertos e menos retrabalho. Para aqueles que ainda acham que é “perda de tempo” ou “um processo desnecessário”, este conjunto de testes primários feitos para validar a viabilidade de um negócio através de diversas experimentações práticas, na verdade, otimiza tempo e o resultado final.

4) Validação: Teste as hipóteses. Já tentou vender por assinatura? Já tentou vender por downloads? Qual teve melhor desempenho?

5) Mercado: Tem mercado pra isso? As pessoas irão comprar essa solução?

Este é o que podemos entender como sendo um teste básico. Se você empreendedor não conseguir mostrar com convicção e resultados estes pontos, sinto informar que dificilmente você conseguirá um investidor que embarque com você na jornada da sua empresa.

Isso porque, do outro lado, nunca é demais lembrar também que não se trata apenas de colocar uma quantia de dinheiro e voltar um tempo depois para ver no que deu. É um exercício de paciência que requer muita experiência e dedicação dos dois lados. Aliás, quando se trata de investimento em negócios, a grande “sacada” aqui é o pensamento e a estratégia visando o longo prazo, que apresento no meu novo livro o “Poder do Equity”.

Nesse livro, deixo claro como a Mentalidade de Equity explica a “riqueza invisível” que existem nos negócios e na Nova Economia e que ainda poucos conseguem entender e aplicar. Mais do que isso, o livro mostra de forma fundamentada e validada porque você precisa (se ainda não começou) a entender o Equity e sua relação com o seu futuro a longo prazo.

Por isso, além das dicas para os empreendedores acima, deixo também esta leitura como dica para quem deseja aprofundar no tema, porque acredito que este livro é uma ferramenta muito importante para quem deseja ter uma mentalidade mais atual, investir em Startups e desenvolver negócios na Nova Economia.

*João Kepler é CEO da Bossa Nova Investimentos

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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