Planos de desenvolvimento individual é vital (Bússola/Reprodução)
Bússola
Publicado em 2 de setembro de 2022 às 17h45.
Por Iona Szkurnik*
O atual fenômeno do turnover deixa os líderes mais atentos às possíveis estratégias e ações para atração e retenção de talentos. Elas vão desde o aumento de compensação até o benefício do trabalho remoto. Porém, uma pesquisa da consultoria Robert Half mostra que, ainda assim, quase metade dos colaboradores pretende procurar outro emprego ainda este ano. Entre os principais motivos estão o desejo de inovar e de aprender algo novo.
Não à toa, um estudo na área de engajamento corporativo realizado pela Deloitte revelou que empresas que oferecem oportunidades de desenvolvimento profissional têm taxas de engajamento e de retenção de 30% a 50% maiores do que aquelas que não têm um programa voltado para o desenvolvimento do colaborador.
Aliás, os benefícios de políticas e cultura focadas em pessoas vão muito além. As empresas que investem em uma forte cultura de aprendizagem desenvolvem produtos e processos mais inovadores, são mais produtivas e lucrativas do que seus competidores, além de se manterem líderes de mercado.
Minha provocação é: como transformar a sua empresa em uma sala de aula e incluir a cultura de aprendizagem não apenas como algo legal, mas algo essencial? Afinal, esta é uma estratégia ganha-ganha no final do dia: o colaborador se desenvolve, fica feliz e entrega valor para a empresa, que por sua vez diminui o turnover.
Essas são questões fundamentais porque somente os times engajados no trabalho, focados em melhorar a entrega e com garra de aprender vão levar as empresas a irem mais longe. E é através de uma aprendizagem estratégica que conseguimos potencializar talentos, desenvolver pessoas e preparar o time para resolver problemas.
É aqui que entra o framework do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI). Também conhecido com diferentes nomenclaturas, o PDI procura desenhar o que um colaborador deve desenvolver entre um ciclo de performance e outro. Normalmente, as empresas fazem avaliação de performance a cada seis meses e, no ínterim, cabe ao colaborador buscar formas de adquirir novos conhecimentos e progredir na carreira.
A elaboração de um PDI começa com o mapeamento do ‘skills gap’. Ou seja, quais são as habilidades e competências que precisam ser desenvolvidas para que o colaborador tenha uma melhor performance em seu trabalho e cumpra as entregas que foram definidas entre gestor e colaborador para o próximo ciclo de desempenho.
E é aí que entram as empresas de educação corporativa. São elas que vão oferecer as ferramentas para que os colaboradores desenvolvam as habilidades identificadas. A Education Journey, por exemplo, dá o caminho das pedras através da criação de um plano de aprendizagem estratégico e personalizado. A individualização acontece através de uma curadoria que reflete a melhor organização e priorização de todo o conteúdo que aquele colaborador precisa adquirir. Assim, o resultado entregue ao colaborador é um plano de ação definido para ajudar ele a fechar com êxito seu ciclo de desempenho.
Desta forma, os profissionais ganham autonomia e se transformam em agentes responsáveis pelo seu aprendizado, ganhando protagonismo em suas carreiras. Eles aprendem coisas novas, aumentam o repertório de conhecimento para aplicar no seu dia a dia e melhoram sua produtividade e performance. Neste processo, eles criam sua própria ‘caixa de ferramentas de aprendizagem’, um item indispensável na bagagem de uma carreira exponencial.
Então, fica aqui o meu convite para você começar a refletir sobre como implementar um plano de desenvolvimento individual - seja ele qual nome você queira dar - na sua empresa e entregar as ferramentas necessárias para que os colaboradores do seu time entrem em um ciclo virtuoso de aprendizagem e não te larguem mais.
*Iona Szkurnik é fundadora da Education Journey, plataforma focada em desenvolver o ecossistema de inovação na educação, e co-fundadora e membro do Conselho da Brazil at Silicon Valley
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