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Instagram: O conteúdo sensível deixa o poder de escolha para o usuário?

Novo filtro de sensibilidade do aplicativo está sendo acusado de censurar perfis e prejudicando criadores de conteúdo

A personalização é um caminho que o Instagram vem tomando e, para melhor usá-la, o ideal é saber o que é melhor para você (Divulgação/Instagram)

A personalização é um caminho que o Instagram vem tomando e, para melhor usá-la, o ideal é saber o que é melhor para você (Divulgação/Instagram)

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Publicado em 26 de julho de 2021 às 18h09.

Por Hilane Tawil*

Phillip Miner é artista e criador da revista Natural Pursuits, que explora artisticamente a relação das pessoas queer com a nudez. Com cerca de 12 mil seguidores em seu perfil no Instagram, no dia 21 de julho Philip fez uma postagem que reúne quase 90 mil likes e mais de 2 mil comentários, e que é um alerta sobre o novo filtro de conteúdo sensível do aplicativo.

Segundo Miner, artistas e pessoas de todos os tipos de comunidades, como tatuadores e profissionais da indústria da cannabis, estão vendo seus trabalhos serem ocultados pelo Instagram. Em contrapartida, os usuários da rede social não conseguem encontrar o conteúdo que desejam consumir.

Como funciona a ferramenta

O controle de conteúdo sensível permite filtrar o que será recomendado na aba explorar, o que, segundo o Instagram, dá mais poder de escolha aos usuários. No entanto, o que alguns creators estão apontando é que, ao contrário do que anunciado pela rede, o filtro pode prejudicá-los.

Isso porque o conteúdo sensível está sendo tratado de forma genérica. Por exemplo: uma pessoa pode aceitar ver arte com nudez, mas não querer consumir postagens que retratam violência. Porém, ambos são considerados conteúdos sensíveis.

Esse ajuste vem da preocupação do canal sobre moderação de conteúdos e bem-estar de quem os consome. E, de fato, vemos que personalizar a experiência do usuário é um caminho que o Instagram vem tomando. Um outro exemplo recente foi a opção de ocultar curtidas.

Mas até onde essa customização afeta o poder de escolha de quem navega pela plataforma? Na dúvida, o melhor é testar o que funciona melhor para você, alterando nas configurações do app a limitação dos conteúdos e entendendo se o que é recomendado precisa mesmo ser limitado.

*Hilane Tawil é especialista digital na FSB Comunicação

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