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Inova e ação: 5G, 4.0, 3D e chips. Entenda essa sopa de letras

Há pouco debate sobre os grandes gargalos para implementar essas tecnologias com a mesma magnitude do seu potencial de crescimento para a economia

Futuro será revolucionário para o ambiente de negócios em todo o mundo (Marc Mcdermott / EyeEm/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 4 de outubro de 2021 às 11h05.

Por Hugo Tadeu*

Os próximos anos certamente serão revolucionários para o ambiente de negócios em todo o mundo. As projeções para os avanços tecnológicos são incalculáveis, com aplicações em inúmeros setores, destacando o setor automotivo, logística, saúde e telecomunicações.

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Para compreender os avanços citados, sente-se e procure entender com bastante atenção sobre temas vinculados ao universo digital, como a revolução 5G, aplicações sobre a indústria 4.0, impressoras 3D e uso intensivo de dados, via sensores digitais.

O potencial destas tecnologias é similar ao advento da internet alguns anos atrás, quando inúmeros novos modelos de negócio surgiram, destacando as empresas “ponto.com” e até as atuais plataformas digitais, integrando negócios e clientes.

No entanto, pouco tem sido debatido sobre os grandes gargalos para implementar essas tecnologias com a mesma magnitude do seu potencial de crescimento para a economia. Um dos primeiros gargalos observados é básico, isto é, a falta de chips nas cadeias produtivas globais. Ou seja, o insumo mais básico para qualquer avanço digital está em falta em todo o planeta, gerando aumentos consideráveis de preços na produção de diversos insumos.

Outro gargalo a ser analisado seria a própria infraestrutura dos países. Para avançar com dados e maior disponibilidade de tráfego, precisaríamos melhorar e muito a nossa rede de telecomunicações. Uma maior disponibilidade de antenas seria necessária e, para tanto, a demanda por cobre sofreria um impacto considerável. Como efeito imediato, basta analisar a variação média dos preços deste insumo nos mercados internacionais.

Outro item a ser analisado seria a disponibilidade de baterias e energia, para atender todo este dito avanço tecnológico. Se todas as grandes montadoras de veículos resolvessem produzir em larga escala veículos elétricos, além dos chips e dados, seria importante ter uma ampla cadeia fornecedora de energia, algo em falta no momento.

Finalmente, um dos principais gargalos seria a estrutura de gestão e pessoas nas empresas. Tem-se um apagão de mão de obra qualificada em tecnologia em todo o mundo, em especial, no Brasil. Da mesma forma, as estruturas organizacionais precisariam atualizar o seu formato, dando maior centralização para os times de inovação e digital, com agilidade de análises e respostas para o mercado em ampla revolução. Vale a reflexão!

*Hugo Tadeu é professor e pesquisador da Fundação Dom Cabral

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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