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Geekonomy: Caçula de League of Legends ataca o touchscreen

Novo lançamento é sucesso de downloads e mantém experiência parecida com a de seu icônico antecessor, mas não é para novatos

 (Divulgação/Reprodução)

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Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 2 de abril de 2021 às 09h30.

Desde que foi lançado na última segunda-feira (29), Wild Rift se tornou em poucos dias o game de plataformas mobile mais baixado das lojas de aplicativo brasileiras. O título pode ser considerado o irmão mais novo do League of Legends, lançado para PC em 2009 pela Riot Games.

E é uma família de notáveis. Isso porque o tal do irmão mais velho acumula feitos de respeito. O jogo online de arenas com dois times de cinco jogadores – que precisam defender seu território e dominar o lado inimigo – é sucesso de crítica e de públicos dos mais variados e diversos.

A popularidade do League of Legends (LoL) atingiu seu pico em 2019, quando em mais de uma ocasião bateu a marca de 8 milhões de jogadores simultâneos em seus servidores. É também o jogo de maior audiência (no cálculo acumulado) na Twitch, principal plataforma de streaming. Enfim, um grande sucesso que rompe as fronteiras dos games, já virou quadrinhos, vai virar série e teve sua estreia na música, com uma banda estrelada por personagens da franquia.

Seu principal atributo – e também um dos maiores pontos de atenção – é que, para muitos jogadores, o game da Riot não é entretenimento. É coisa séria. É competitivo. Profissão.

League of Legends com frequência é apontado como a maior plataforma de e-sports, com uma cena competitiva internacional composta atualmente por 12 ligas Tier 1.Por aqui, temos o campeonato brasileiro, o CBLOL, disputado por dez times. Só o campeonato mundial de 2019, por exemplo, teve uma audiência de 100 milhões de unique viewers.

E justamente por ser tão competitivo e disputado, o LoL acabou desenvolvendo em seu entorno uma reputação de "comunidade tóxica", por conta das posturas abusivas e negativas de muitos jogadores durante as partidas. A própria Riot Games já se pronunciou sobre o caso, declarando que os casos de condutas consideradas inapropriadas ocorrem apenas em uma parcela menor de seu público.

Fato é que toda essa escalada de indicadores e fatores técnicos para aprimorar o aspecto competitivo do League of Legends acabou se tornando uma espécie de barreira de entrada para novos jogadores, ou mesmo para os casuais. Tente trazer alguém que não é familiarizado com a plataforma e é possível que a quantidade de informações e especificações técnicas seja tão grande que acabe desestimulando os novatos.

E é aí que entra o Wild Rift.

Enquanto o LoL demanda um computador, um mouse e um teclado, o novo título tem sua interface totalmente adaptada à tela touchscreen. Para quem abre o jogo pela primeira vez e é familiarizado com o irmão mais velho dos PCs, parece muito uma adaptação do LoL para as telinhas.

Mas será que é voltado para novatos e jogadores casuais?

Arrisco dizer que não. Embora o funcionamento do game seja relativamente simples de entender, logo você vai perceber que precisa se dedicar um pouco mais para memorizar as habilidades do personagem que você controla, ou mesmo o melhor momento de se usar um item. Claro que tudo isso faz parte da curva de aprendizado de qualquer jogo que tem o potencial de se tornar complexo. E para quem é familiarizado com jogos desse estilo, que gosta de destrinchar estratégia e aprender os melhores combos, Wild Rift é prato cheio, sobretudo pela mobilidade e praticidade de se poder jogar em qualquer lugar.

Essa dificuldade e a curva de aprendizado não são necessariamente um problema. Até porque é gratuito, você joga se quiser (pode fazer compras internas, é claro). Mas há espaço para todos no universo dos games, e, se você achar que Wild Rift é muito complicado, há milhares de opções mais simples disponíveis.

Mas o título é sobretudo um grande investimento da Riot Games nas plataformas mobile. E não estranhe se, muito em breve, as ligas profissionais começarem a despontar.

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