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Games: Saiba mais sobre Iki, ilha de Ghost of Tsushima: Versão do Diretor

O jogo foi aclamado até pelos governantes da ilha japonesa, que fecharam uma parceria com a PlayStation para divulgar a região

Arquipélago foi reconhecido por seus esforços para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. (Bússola/Reprodução)

Arquipélago foi reconhecido por seus esforços para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. (Bússola/Reprodução)

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Publicado em 8 de setembro de 2021 às 15h33.

Lançado no ano passado, Ghost of Tsushima, jogo exclusivo da PlayStation, foi muito elogiado pela reprodução fiel a Tsushima, no Japão. Para contar a história do samurai Jin Sakai durante as invasões mongóis no século 13, os desenvolvedores da Sucker Punch, estúdio que criou o game, viajaram diversas vezes para a ilha japonesa e estudaram não somente o contexto histórico do Japão feudal, mas toda a diversidade da natureza local.

O resultado final foi tão aclamado que os governantes de Tsushima fecharam uma parceria com a PlayStation para usar o jogo para divulgar a região — desenvolvendo, inclusive, um site que compara as paisagens reais e do game — e nomearam os diretores Nate Fox e Jason Connell como embaixadores de turismo da ilha.

No mês passado, foi lançada uma nova versão do game, Ghost of Tsushima: Versão do Diretor. A expansão traz uma nova jornada de Jin Sakai, dessa vez pela ilha de Iki, onde o samurai precisa combater novamente os invasores mongóis e enfrentar fantasmas de seu passado. Como Tsushima, Iki traz cenários cheios de belezas naturais e a história sobre o passado do Japão.

Curiosidades

Assim como sua vizinha Tsushima, Iki fica no Estreito da Coreia e é administrada pela prefeitura de Nagasaki. Possui uma área de 138 km quadrados, uma população de cerca de 30 mil moradores e, apesar de ser um arquipélago com 23 ilhas, apenas quatro delas são totalmente habitadas. As ilhas têm origem vulcânica, inativas há mais de 400 mil anos.

As ilhas do arquipélago de Iki são habitadas desde a Era Paleolítica (35.000 aC – 12.000 aC). No local, já foram encontrados objetos dos períodos Jomon, Yayoi e Kofun, que vão desde oito mil anos aC até cerca de 300 dC.

Por isso, existem diversos sítios arqueológicos em Iki. O mais famoso deles é o Sítio Arqueológico de Harunotsuji, do período Yayoi (1.000 aC a 300 dC). Lá estão várias ruínas, inclusive do porto mais antigo do Japão. Além disso, foi descoberta uma grande variedade de artefatos que indicam o estilo de vida dos antigos habitantes e que comprovam interações com outros países do continente asiático, como artigos de barro de vários locais e dinheiro da China — vale mencionar que Iki é citada em um antigo livro chinês datado do século 3, o Registro dos Reinos Combatentes (Records of the Three Kingdoms), considerado um texto histórico de origem oficial e confiável.

Na cena final do trailer oficial de Ghost of Tsushima: Versão do Diretor, após uma intensa sequência de luta, vemos Jin Sakai admirando uma rocha com um formato de macaco. Chamada Saruiwa (ou Pedra do Macaco), essa rocha realmente existe e é um dos principais pontos turísticos de Iki.

Iki é conhecida desde os tempos antigos como a ilha dos deuses. Existem por volta de mil santuários em todo o arquipélago, sendo cerca de 150 deles oficialmente registrados. Um deles é o Santuário Ondake, onde acredita-se que os primeiros deuses desceram sobre Iki. Construído no topo de uma montanha de 156 metros de altura, o santuário conta com mais de 200 estátuas de macacos doadas por adoradores e visitantes.

Iki tem uma grande preocupação com o futuro de seus habitantes e de sua natureza. O arquipélago foi reconhecido por seus esforços para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, com um trabalho de conscientização para redução de desperdício e reutilização de recursos, promoção de uso de energia a base de hidrogênio e esforços para utilizar 100% de energia renovável até 2050.

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