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Froneri fecha trimestre com crescimento de 26% e dribla crise com inovação

Fabricante de sorvetes por trás de marcas como Nestlé, Fini e Mondelez aposta em novos produtos e vendas online, com sistema de próprio delivery próprio

Segmento sofre com sazonalidade e banalização dos produtos (Froneri/Divulgação)
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Bússola

Publicado em 2 de julho de 2022 às 19h30.

Última atualização em 11 de julho de 2022 às 15h04.

Por Bússola

O inverno parece não ter chegado para a Froneri. Mesmo em um setor que sofre tradicionalmente com a sazonalidade, o mercado continua aquecido para a marca – joint-venture que está por trás da fabricação dos sorvetes Nestlé, Fini, Mega e Mondelez, além de suas marcas próprias Nobrelli e Zooper –, que fechou o primeiro trimestre de 2022  no Brasil com um crescimento de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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Presente em mais de 20 países, a joint-venture entre Nestlé e R&R está otimista com os resultados globais, onde ganhou 1,5% de participação de mercado em marcas, apesar dos impactos da segunda onda da covid-19 e da pressão inflacionária em insumos e energia.

Para vencer uma conhecida banalização do setor, vem apostando em inovação e novos lançamentos, segundo Sudário Martins, country manager da Froneri Brasil. “A Froneri apresentou um resultado melhor que o orçamento, tanto no canal de vendas quanto em rentabilidade”, diz Martins em entrevista à Bússola.

Bússola: Como foi o primeiro trimestre de 2022 para a Froneri?

Sudário Martins: Depois do impacto da pandemia e do aumento no preço de insumos, o ano de 2022 é promissor para a Froneri. No primeiro trimestre do ano conseguimos recuperar nossas vendas de forma surpreendente, principalmente na última semana de fevereiro e durante o mês de março. Conseguimos atingir nossa meta com clareza, fechando o trimestre alinhados com orçamento e com venda histórica.

No final de 2021, tivemos uma temporada bem atípica, com o fenômeno da La Nina. As temperaturas mais baixas e períodos mais chuvosos durante os últimos meses, juntamente com a segunda onda de covid-19 frearam as vendas do período. Porém mesmo com os desafios, conseguimos fechar o ano com o crescimento de 0,4 ponto percentual de marketshare.

Neste ano, a recuperação foi ainda maior, com o acumulado de vendas até março apresentando um crescimento de 26% em relação ao ano de 2021.

Bússola: Quais são os planos para manter as vendas em alta?

Sudário Martins: Com a pandemia, o sistema de delivery cresceu exponencialmente. Vemos uma oportunidade de alavancar ainda mais as vendas, incluindo nossos produtos também nas online, além dos pontos físicos. Temos o Clube do Sorvete, um e-commerce voltado totalmente para a venda de nossos produtos, e estamos expandindo a área de cobertura para outras cidades além da fábrica. Além disso, temos lançamentos de produtos previstos ao longo do ano.

Bússola: Há algum movimento para melhorar a qualidade dos produtos da categoria?

Sudário Martins: A Froneri é referência em inovação dentro da categoria de sorvetes. Realizamos pesquisas de novas tecnologias em receita e sabor. A categoria enfrenta alguns desafios hoje, tanto na cadeia de produção e distribuição, quanto na oferta de produtos, que sofre com a banalidade e a falta de novidades. Buscamos mudar essa percepção e liderar a inovação e o crescimento no setor. Hoje somos referência em diversificação de produtos e momentos de consumo, nos posicionando como os melhores na categoria impulso no mercado.

Bússola: E o que a Froneri tem feito na prática para mudar esse cenário de banalização do setor?

Sudário Martins: Nossa missão é ser líder de inovação dentro da categoria. A Froneri tem um espírito empreendedor, e isso se reflete nos nossos lançamentos. No final de 2021, lançamos o picolé Marsh Torção Azul, inspirado em um dos produtos preferidos da marca Fini e que vem em um divertido formato de marshmallow. Isso nunca foi visto no mercado. Agora estamos com o picolé Mega no novo sabor de Alfajor, também inédito na categoria. Acreditamos que com essa frente de investimentos em inovação, conseguimos fazer a mudança no setor de sorvetes e liderar o movimento.

Bússola: Qual o foco dos investimentos da empresa?

Sudário Martins: Em 2022, a Froneri começou a investir mais nas marcas estratégicas, em produtos com formatos e sabores inovadores. Mas além disso, grande parte desse investimento foi voltado para a capacidade de produção das fábricas. Nesse sentido, a Froneri Brasil se destaca como uma das praças consideradas mais relevantes para receber o investimento. Em termos de operações, a fábrica brasileira conseguiu um nível de serviço de 99,1%, ou seja, entregou quase todos os pedidos vendidos. Hoje uma parte da nossa produção de sorvetes é voltada exclusivamente para a exportação aos Estados Unidos, por isso o investimento se faz necessário.

Bússola: Quais são os desafios que a categoria enfrenta hoje?

Sudário Martins: Um dos grandes desafios é a sazonalidade do mercado, que tem um salto de vendas durante os meses de verão. Além disso, também tem o fato de o sorvete ser um produto sensível às altas temperaturas, o que torna a cadeia de distribuição e armazenamento do produto uma parte delicada da operação. Nós buscamos minimizar ao máximo esses fatores, buscando orientar fornecedores e distribuidores com as melhores condições para o produto, além das receitas inovadoras e embalagens térmicas nas entregas do e-commerce.

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