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Franquias: esta é a melhor resposta para expansão do Marketing Digital

Atender simultaneamente às necessidades de clientes, agências e profissionais da área que faz das franquias e do licenciamento a saída para o mercado

Novo modelo do marketing se mostra vantajoso para a marca, que consegue ampliar sua capacidade de atendimento. (AlexSecret/Getty Images)

Novo modelo do marketing se mostra vantajoso para a marca, que consegue ampliar sua capacidade de atendimento. (AlexSecret/Getty Images)

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Publicado em 21 de fevereiro de 2022 às 17h21.

Por Rener Baptista*

A pandemia trouxe mudanças significativas em todas as áreas. Tivemos de redobrar cuidados com a saúde, vimos a ascensão do trabalho remoto e nos habituamos a fazer cada vez mais compras à distância. Com o mercado de Marketing Digital não foi diferente. Se antes da crise sanitária já havia uma tendência de transformação digital dos negócios, a chegada do novo vírus acelerou o processo, levando aqueles que não se adaptaram a perder vendas e até mesmo fechar as portas.

Em questão de semanas, o Marketing Digital foi alçado da condição de acessório a algo essencial, vivendo uma explosão de demanda. E a saída para atender a esse movimento que veio para ficar está no modelo de franquias e licenciamento. Por meio dele, as agências conseguem encurtar prazos de capacitação, transferir reputação e conhecimentos e dar todo o suporte necessário aos profissionais do ramo. Com isso, cria-se uma mão de obra qualificada e capaz de responder a essa procura com serviços de qualidade.

Modelo se mostra vantajoso para a marca, que amplia sua capacidade de atendimento, para o franqueado, que se capacita rapidamente e conta com todo o suporte da rede, e para o cliente, que contrata serviços de qualidade a custos mais acessíveis. Mas antes de entrarmos no papel e na importância do modelo de franquias e licenciamento no contexto atual, é importante entender o que mudou no segmento ao longo dos dois últimos anos.

Até o início de 2020, muitos negócios conseguiam manter um bom movimento apenas com investimentos em mídia tradicional, materiais impressos e com o trabalho porta a porta. O Marketing Digital desempenhava um papel complementar. Tratava-se de uma forma de se vender mais e alcançar públicos e mercados mais amplos, mas ainda era possível sobreviver sem ele. Com a pandemia e a necessidade de se fechar as portas para garantir o isolamento social, tudo mudou.

Aqueles clientes passantes, que antes representavam uma importante fonte de receita, deixaram de existir. Do mesmo modo, a exibição de uma placa de oferta ou a distribuição de panfletos também perdeu a razão de ser. Com as pessoas trancadas em casa, a digitalização, que já era uma tendência, acelerou. E para muitos negócios, especialmente os não-essenciais, o marketing digital deixou de ser um acessório para se tornar a principal, para não dizer a única forma de alcançar o consumidor.

Na prática, foi como se a pandemia acelerasse o relógio e avançássemos vários anos em apenas alguns meses. Restaurantes que antes serviam centenas de refeições diárias tiveram de recorrer ao delivery. Clínicas de estética passaram a fazer teleatendimento. Do dia para a noite, as empresas descobriram da pior maneira que não receberiam mais visitas dos consumidores, e se viram diante da necessidade urgente de marcar presença no ambiente online.

Explosão de demanda

Os brasileiros com perfil digital foram bastante influenciados pela nova realidade e estão mais abertos do que nunca a consumir no ambiente online. Segundo a edição 2021 do estudo Global Consumer Insights Pulse Survey, da consultoria PwC, enquanto no resto do mundo a compra presencial tem a preferência de 41% das pessoas, no Brasil esse percentual é de apenas 24%.

Isso significa que as transações à distância já se consolidaram como nossa modalidade favorita de fazer negócios, seja via smartphones (30%), desktop (29%) ou tablets (14%). Nesse contexto, nunca o Marketing Digital foi tão essencial para o posicionamento das marcas.

Por um lado, os canais virtuais mostraram-se a saída para inúmeras empresas não fecharem as portas. Por outro, o desemprego chegou a 14,7% da população no auge da crise e levou o país a ostentar a 4ª pior taxa entre as principais economias do mundo, segundo ranking da agência de classificação de risco Austin Rating divulgado no terceiro trimestre do ano passado.

Diante desta dura realidade, muitos recorreram a cursos online para se capacitar e ao empreendedorismo para sobreviver, e esses negócios recém-criados precisaram de serviços tradicionais, como criação de site e identidade visual, que vinham sendo pouco exigidos até o início de 2020.

Para completar, empresas já estabelecidas passaram a buscar sua formatação em modelos de franquia, em uma tentativa de atrair os investidores inseguros com toda a instabilidade do mercado financeiro. A soma de todos esses movimentos gerou uma explosão na demanda por Marketing Digital, e as agências e profissionais do setor se viram surpreendidos, pois não estavam preparados para uma mudança tão profunda e repentina.

Mais do que o desafio de lidar com a necessidade de prestar novos serviços e ampliar o atendimento a demandas tradicionais, mas que estavam com baixa procura, as agências precisaram lidar também com o fenômeno da globalização.

O crescimento do trabalho remoto afetou o mercado nacional, abrindo a possibilidade de bons profissionais trabalharem para fora do país recebendo em dólares ou euros. De acordo com levantamento feito pela consultoria de recrutamento Page Group, a contratação de profissionais do Brasil por empresas do exterior cresceu 20% em agosto de 2021 na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Na prática, os custos de contratação praticamente dobraram para as agências do país, especialmente no caso de perfis estratégicos e analíticos, que se tornaram essenciais com o aumento da concorrência no ambiente online. E eis que surge a questão fundamental com a qual as empresas de Marketing Digital se depararam: como responder à alta demanda diante da escassez e do encarecimento da mão-de-obra do setor? E a resposta está no modelo de franquia e licenciamento.

As franquias como solução

Embora muitas agências de Marketing Digital tenham se especializado na formatação de negócios de outros segmentos para o modelo de franquias e licenciamento, esse movimento ainda é tímido dentro do próprio setor. Mas a pandemia criou as condições ideais para que novas empresas aderissem à modalidade, por se mostrar uma forma viável de ampliar a capacidade de atendimento sem enfrentar a forte pressão salarial trazida pelo mercado globalizado.

Pelo lado dos franqueados, a opção também se mostra vantajosa. Afinal, são muitos os desafios enfrentados por quem resolve se aventurar no mundo do Marketing Digital, especialmente no caso dos iniciantes, que são maioria. Além da necessidade de fazer cursos para aprender a manejar as diferentes ferramentas, falta a esses profissionais experiência prática para entender o que funciona melhor em cada situação. Como resultado, eles acabam atuando na base de tentativa e erro até acumular bagagem.

Ao contar com o suporte de uma marca já consolidada, o franqueado ganha tempo, pois tem acesso a capacitações que vão direto aos pontos que ele precisa aperfeiçoar para prestar um serviço de qualidade. Para completar, as franqueadoras ainda transmitem todo o conhecimento de anos de atuação no setor por meio de consultorias, que ajudam a orientar o profissional em cada caso.

Por último, o modelo também traz benefícios para os clientes. Em vez de recorrer a quem acabou de sair da faculdade e não possui grande vivência profissional, torna-se possível contratar a preços acessíveis pessoas bem capacitadas e que recebem todo o respaldo de uma marca importante. E é essa capacidade de atender simultaneamente às necessidades de clientes, agências e profissionais da área que faz das franquias e do licenciamento a melhor resposta para a expansão dos serviços de Marketing Digital nessa nova realidade.

*Rener Baptista é fundador da iNexxus

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