Exame Logo

Fintech triplica o faturamento e prevê dobrar o capital sob gestão em 2022

Ampliação do time e mudança para sede maior já estão em curso na startup que provê solução de minibancos

Bankme completa dois anos com salto na operação de minibancos (Getty/Getty Images)
B

Bússola

Publicado em 21 de outubro de 2022 às 14h00.

Última atualização em 21 de outubro de 2022 às 14h52.

Pioneira na solução de minibancos que facilitam o acesso de empresas e empreendedores ao mercado financeiro, a fintech Bankme completa dois anos com muito a comemorar. Criada em 2020, em Londrina (PR), a startup passou de três para 60 clientes em um curto espaço de tempo, além de triplicar o faturamento e atingir um capital sob gestão de R$ 40 milhões — valor que estima dobrar até o final de 2022. Esses resultados abriram portas para duas rodadas de investimentos e o negócio ainda foi reconhecido como um dos mais promissores do ecossistema de inovação brasileiro, pelo ranking 100 Startups to Watch.

Para André Bravo, cofundador e COO da Bankme, o período atual marca a validação do modelo de negócios da startup.

Veja também

“Muita coisa mudou ao longo desses dois anos. No final de 2020, tínhamos três clientes e 49 operações realizadas, totalizando R$ 2,6 milhões, além de 15 colaboradores, o que já nos fez buscar um escritório maior. Em janeiro de 2021, conquistamos nosso primeiro investimento-anjo que, com uma boa gestão dos recursos, nos fortaleceu até meados deste ano, quando completamos uma nova rodada de captação com players importantes, como Domo Invest e Apex Partners. A nomeação no 100 Startups to Watch veio para coroar esse momento incrível que estamos vivendo e nos encher de energia para as próximas realizações”, declara Bravo.

A startup cria e opera estruturas financeiras, chamadas de minibancos, que permitem que empreendedores ofereçam soluções de crédito, como antecipação de recebíveis, CCB e crédito consignado, para outros empreendedores. Dessa forma, gera mais liberdade, oportunidades de negócio, aquecimento do mercado e uma nova fonte de receita para os empresários.

A solução é responsável por todas as demandas burocráticas, desde a análise de crédito, estruturação das operações e garantias, elaboração dos relatórios, e ainda disponibiliza uma plataforma exclusiva para o acompanhamento das movimentações. Com isso, os clientes conseguem ofertar crédito de forma justa e menos burocrática, além de ter retorno financeiro real.

Segundo o cofundador e CEO, Thiago Eik, a ideia de lançar a startup surgiu da percepção de que muitos empreendedores querem ofertar crédito, mas que barreiras de entrada como custos elevados, risco de crédito e complexidade na gestão do negócio impediam a adesão a esse mercado.

“Quando começamos, tínhamos apenas um modelo de negócios, que era a abertura de empresas simples de crédito (ESC) para os clientes. Conforme o trabalho foi evoluindo, identificamos novas necessidades e passamos a abrir e operar os mini bancos. Desde então, lançamos diversos produtos, sendo o mais novo uma securitizadora para empreendedores dispostos a operar a partir de R$ 1 milhão, trazendo oportunidades comerciais da sua rede de parceiros e tendo a Bankme como responsável por todo o processo, desde a estruturação até a liquidação contábil”, afirma Eik.

A atuação da Bankme abrange empresários de todos os segmentos, desde holdings até indústrias e escritórios de consultoria. Para um cliente do ramo de logística, que possui um marketplace de fretes, a fintech montou um mini banco voltado para antecipação de recebíveis, o que aumenta a base de cadastros e fideliza os transportadores do cliente, por meio da oferta de crédito.

Caça aos talentos

A expansão do time não parou com a chegada dos 15 funcionários e a mudança para um novo espaço. Atualmente, a Bankme conta com 60 colaboradores, divididos entre as áreas de pessoas, marketing, operacional, financeiro, comercial, tech e produto, que foi uma das que mais cresceram.

A startup também busca investir na seniorização da equipe, agregando líderes de mercado em setores-chave do negócio. A primeira foi a CFO Simoni Bianchi, que possui 30 anos de experiência no mercado financeiro. Logo depois, chegou o head de marketing Rodrigo Vasques, com passagens em startups relevantes como a Rappi e a Único. Recentemente, se juntaram ao time o CCO Marcelo Gobbi, que tem ampla trajetória em companhias como Ambev, L’Oréal e Moville, e o Chief Product Officer Antonio Pignatari Junior, ex-City Bank e Bradesco e considerado um dos “pais” das operações de risco sacado no Brasil.

Com um time de peso, veio a necessidade de fazer a terceira transição de sede em apenas dois anos. O novo local está em construção e tem inauguração prevista para janeiro de 2023. Outros planos futuros da startup são lançar mais dois produtos dentro da plataforma, de crédito consignado e trava de agenda de recebíveis de cartão, assim como encerrar o ano com 80 minibancos vendidos.

Siga a Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube

Veja também

Acompanhe tudo sobre:BancosStartups

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Bússola

Mais na Exame