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É possível separar o Eu profissional do Eu pessoal?

Durante a pandemia tornou-se mais evidente que a linha entre profissional e pessoal é tênue, quase uma expectativa irreal

Empresas não contratam headcounts, e sim, colaboradores que têm histórias (Stefan Tomic/Getty Images)

Empresas não contratam headcounts, e sim, colaboradores que têm histórias (Stefan Tomic/Getty Images)

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Publicado em 9 de agosto de 2021 às 18h30.

Por Adriano Lima*

Há quem diga que é preciso saber separar o profissional do pessoal, que as emoções alheias ao dia de trabalho precisam ficar da porta para fora. Mas eu me pergunto se isso realmente é possível e, entre tantas experiências, chego sempre à conclusão de que não, não é possível em sua totalidade.

Nos tempos atuais, mais do que nunca, essa ideia fica ainda mais distante. Os pais, que agora têm os filhos em casa durante o horário de trabalho, precisaram se adaptar a essa nova rotina; o profissional que antes almoçava na rua, passou a fazer comida em casa, tendo que reorganizar toda sua rotina; os familiares que às vezes aparecem nas reuniões online (mesmo sem terem recebido o tal do invite). Seja de casa ou presencial, todos tivemos que nos adaptar e entender que o pessoal está mais próximo do que nunca do profissional. Somos um só. Não tem aquela coisa de vestir o crachá e esquecer de todo o resto.

A expectativa do mercado de que o profissional deve isolar tudo isso é irreal. Até porque o contrário também não acontece. É muito comum levarmos as emoções do trabalho para a casa, reorganizar planos pessoais por conta daquele dia que precisamos ficar até mais tarde e por aí vai. O segredo (que já não é mais segredo) é o equilíbrio. Ok, sei que falar é mais fácil do que praticar. Para chegar lá é preciso trabalhar bastante a nossa consciência, é tentativa e erro, é concentração e foco. Canalizar as energias para aquilo que você fará nas próximas horas.

Mas nesse processo todo, as empresas exercem um papel fundamental de empatia, de enxergar as necessidades de seus colaboradores, de identificar formas de apoiá-los. Hoje, boa parte das organizações entendem com muito mais clareza que não é sobre headcount, é sobre pessoas, sobre humanização. E mais, ir além do colaborador! Entender que por trás dele há uma história, uma família, uma base que muitas vezes também sente as consequências de um dia ruim no trabalho, de uma insatisfação, de um problema financeiro e, tão importante quanto, da necessidade de um apoio emocional e psicológico.

O que já era feito anteriormente por muitas organizações acabou se intensificando durante esse período. Outras reestruturaram programas conforme as novas necessidades provocadas pela pandemia e há ainda aquelas que criaram plataformas de suporte aos colaboradores. Enfim, a adaptação foi de todos. Particularmente, fico bastante orgulhoso por compartilhar que a Minerva Foods se insere nesse contexto.

Por aqui, unificamos tudo aquilo que já fazíamos anteriormente, adicionamos iniciativas assim que identificamos as oportunidades, demos uma nova cara e identidade às nossas ações de suporte aos colaboradores e anunciamos o estar Bem. Um programa que tem foco total na saúde física e emocional das nossas pessoas, sustentado pelo tripé que envolve autogestão e autorrealização; qualidade de vida e criatividade. Estamos indo além de oferecer ajuda profissional de especialistas da saúde. Fomentamos o envolvimento da família, a convivência, as relações humanas e a criação.

Incentivamos que essa busca pela qualidade de vida e equilíbrio seja contínua e que cada um seja protagonista nessa caminhada. Mas esse estímulo não se limita aos muros da Minerva Foods. Vale também para você, que procura por dias mais saudáveis física e emocionalmente, seja no seu “eu pessoal” ou no seu “eu profissional”.

*Adriano Lima é CHRO da Minerva Foods

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