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Conheça estas 7 startups que contribuem com práticas sustentáveis

A agenda ESG já chegou ao ecossistema de inovação, mas não está presente na maioria das startups; veja algumas que já adotaram

Quem tem responsabilidade ambiental e social sai na frente da concorrência (Thithawat_s/Getty Images)

Quem tem responsabilidade ambiental e social sai na frente da concorrência (Thithawat_s/Getty Images)

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Publicado em 20 de janeiro de 2022 às 16h57.

Última atualização em 20 de janeiro de 2022 às 18h42.

Com um cenário alarmante de mudanças climáticas em nível global e escassez dos recursos naturais, cada vez mais as organizações têm se preocupado com uma postura mais sustentável. Além da genuína preocupação com o futuro do planeta, é perceptível o comportamento dos consumidores e investidores: quem tem responsabilidade ambiental e social sai na frente da concorrência. Por isso, o termo ESG tornou-se referência no mundo todo. O conceito envolve boas práticas ambientais, sociais e de governança, incluindo desde ações pontuais até as de impacto mundial.

A agenda ESG já chegou ao ecossistema de inovação, mas não está presente na maioria das startups. De acordo com a pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups), em 2021, 56,1% das startups mapeadas declararam não terem iniciativas reconhecidas com práticas de ESG.

Das startups pesquisadas, 15,7% possuem projetos focados em ações sociais, 11,3% focam em projetos de impacto do negócio no meio ambiente, gestão de resíduos, poluição e reciclagem, 7,4% relatam iniciativas em todas as frentes do ESG e apenas 5,3% tem iniciativas de governança como ética e transparência, código de ética e cultura, compliance, entre outros.

Apesar de um cenário aparentemente incipiente da agenda ESG nas startups, algumas iniciativas têm se destacado por contribuir para o desenvolvimento social, preservação ambiental e para disseminar práticas de governança no ecossistema. Confira:

UPM2

A startup paulistana desenvolve soluções para mobilidade urbana e alternativas financeiras para o público ainda desbancarizado no Brasil. Recentemente, a empresa criou o Super App SP Pass, que concentra diversas funcionalidades, desde a possibilidade de pagar a tarifa de transporte público por meio do QR Code, até abrir uma conta digital, permitindo a inclusão social de uma grande parcela da população que ainda não possui conta bancária. “A ideia é combinar tecnologia,  sustentabilidade e inclusão social em apenas um aplicativo”, declara Rodrigo Petroni, CEO e cofundador da UPM2.

Incentiv.me

Acelerada pelo InovAtiva Brasil em 2017, a Incentiv.me é uma startup de inovação tributária (taxtech), que conecta o ecossistema de leis de incentivo fiscal, oferecendo produtos e serviços para patrocinadores, incentivadores, proponentes e toda a sociedade. Desta forma, ajuda empresas de todos os segmentos a aproveitar de maneira mais assertiva os incentivos fiscais por meio do apoio de causas socioambientais e tem crescido exponencialmente enquanto promove impacto positivo no país.

UpLexis

A empresa especializada em mineração de dados oferece todo o respaldo às empresas que buscam mapear terceiros que estão alinhados com a agenda ESG. Com a ferramenta upMiner, os clientes conseguem otimizar processos de tomada de decisões com mais de 1.900 fontes de dados. Por meio de relatórios analíticos e personalizados é possível verificar, por exemplo, antes de contratar um serviço, se o fornecedor tem envolvimento em processos ambientais ou multas por trabalho irregular.

Group Energia

A Group Energia é uma empresa de energia renovável por assinatura especializada no mercado condominial. A companhia foi fundada em 2020, e desde então já está presente em mais de 200 propriedades em Minas Gerais, onde ficam localizadas as fazendas com placas solares responsáveis por fornecer energia para os clientes da empresa. Os serviços da startup são capazes de diminuir os custos das contas de luz em até 23% por meio da energia solar.

Market4u

O market4u, rede de mercados autônomos e inteligentes, faz com que a emissão de CO2 por veículo seja diminuída na hora de fazer compras, já que as compras acontecem direto em condomínios. Outro ponto é a comparação com o delivery de mercado, que faz com o motoboy se desloque por diversos pontos, indo e voltando do local de retirada, ao fazer as entregas.

A frota do market4u já sai carregada com centenas de itens por dia, realizando um reabastecimento inteligente. Por meio do sistema, é possível identificar os itens que devem ser levados até o ponto de venda, dispensando assim transportes desnecessários. Ao falar de varejo, o sistema agrega todas as promoções e pagamentos pelo app, gerando uma economia de papel gigantesca. Os comunicados, promoções e recibos são todos virtuais, o que faz deles sustentáveis.

Getrak

A Getrak, especializada em desenvolvimento e fornecimento de infraestrutura para empresas de rastreamento, foi certificada recentemente por realizar a reciclagem de SimCards recolhidos e que voltam da própria operação. Além disso, é feita a destinação correta do plástico e dos metais contidos. Vale ressaltar que entre os meses de julho e novembro já foram reciclados mais de 360 quilos de papelão e cartões de simcards.

A certificação veio por meio da parceria com a Essencis MG Soluções Ambientais, especialista na coleta, transporte e gerenciamento de resíduos industriais e comerciais. A Essencis faz todo o tratamento do material que acompanha os produtos e não é aproveitado. A startup é cadastrada na Fundação estadual do Meio Ambiente (Feam) e segue todos os protocolos de preservação e cuidado com o meio ambiente.

Tuim

A Tuim, empresa de móveis por assinatura do Brasil, revolucionou o mercado mobiliário no país. Conhecida como a “Netflix dos móveis”, a startup nasceu como uma solução simples e inteligente de consumir móveis, com total autonomia para o consumidor escolher exatamente o que quer e pelo período que precisa, o que contribui diretamente para a economia circular.

Para Pamela Paz, CEO da Tuim, o modelo de assinatura de móveis já é visto como a solução perfeita, principalmente no que diz respeito à economia compartilhada. Todos os anos, somente as cidades da grande São Paulo enviam 27 mil toneladas de resíduos para aterros sanitários e a maior parte desse lixo é formada por móveis que são descartados, na maioria das vezes, antes do final de sua vida útil e de maneira incorreta.

“O aluguel de móveis promove o uso eficiente dos recursos e aumenta a vida útil das mobílias, fomentando um consumo mais consciente e o uso em vez da propriedade, afinal não precisamos comprar tudo para ter acesso”, afirma a CEO.

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