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CLT, freelancer ou prolancer: como escolher o melhor modelo de trabalho

Nomadismo digital ganhou relevância após a pandemia de covid-19, com modelos de trabalho mais flexíveis que garantem liberdade e independência

Home-office: Carreiras tradicionais dividem espaço com modelos mais inovadores (Charday Penn/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 28 de junho de 2022 às 17h30.

Última atualização em 28 de junho de 2022 às 17h56.

Por André Abreu*

Se você sonha em trabalhar de qualquer lugar, no seu ritmo e sendo dono da sua rotina, sair de um modelo de trabalho CLT ou conciliar seu trabalho atual a projetos extras pode ser o próximo grande passo de sua carreira.

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Apesar dos modelos de trabalho remotos não serem novidade, o nomadismo digital está sendo cada vez mais discutido após a crise de covid-19. A relevância do tema é tamanha que foi alvo da pesquisa O Futuro do Trabalho no Brasil, realizada pela IDC Brasil a pedido do Google Workspace. E não é por menos que esses profissionais preferem modelos de trabalho mais flexíveis: a liberdade, a independência e a busca por novas experiências constam entre os principais benefícios de ser freelancer.

Por isso, carreiras tradicionais estão perdendo espaço para outros modelos que permitam inovação e desenvolvimento acelerado, além de acomodarem a vida pessoal de funcionários, e estou aqui para te mostrar os primeiros passos em direção ao modelo prolancer — o "freelancing" do jeito certo.

E não se preocupe: ainda é possível conciliar um modelo de trabalho CLT com o freelancing, em vez de ser prolancer full-time. O importante é escolher o modelo de trabalho que mais funcione para você!

O trabalho prolancer na prática

A jornada de trabalho de 40h semanais, das 9h às 18h, não faz mais parte das realidades desses talentos. Em vez disso, foi substituída por novas experiências, conexões com outras culturas, mais comodidade e muito mais autonomia em seus projetos. Afinal, quem não gostaria de viver experiências fora de sua bolha?

Já imaginou trabalhar no deserto do Atacama, dividindo sua agenda entre dois projetos e muitos programas turísticos? Em 2020, esse foi o dia a dia da Ana, designer de produto e prolancer na BossaBox, por algumas semanas, antes de partir para o seu próximo destino.

Apesar dos benefícios, o modelo prolancer ainda conta com um grande desafio: a desmistificação da ideia de que o freelancing não é um trabalho fixo ou sério.

Além disso, os profissionais prolancers contam com o desafio de lidar com projetos de diferentes contextos, além de diferentes tipos de projeto. O networking e a autonomia de como e quando trabalhar também são pontos positivos dessa forma de trabalho. Não precisar reportar todo o tempo, além do life working balance, de poder usufruir de seus hobbies, são muito valorizados neste meio.

Afinal, diferentemente de freelancer individual, o(a) prolancer ainda pode contar com pagamentos de acordo com os projetos de forma quinzenal, sem abrir mão de sua autonomia. Além disso, o complemento de renda também é uma realidade desses profissionais. Na Bossabox, os talentos que são desenvolvedores sênior podem chegar a uma renda mensal de R$ 15 mil, conciliando com o trabalho em uma grande empresa, como CLT, ou optando por ficar 100% como freelancer. Já como designer de produto, é possível ganhar cerca de R$ 21.500.

Mas existem requisitos e desafios para que esses profissionais cheguem a este ponto. São eles: boa organização, comprometimento com as entregas e boas habilidades comunicativas. É preciso muita experiência, adaptabilidade, organização e comprometimento, por isso, maturidade e transparência são essenciais. Agora, um escritório? Não mais.

A reinvenção da produtividade

O ambiente de um escritório nem sempre é o mais adequado para estimular a produtividade de funcionários. Afinal, quem nunca enfrentou dificuldade de concentração em ambientes agitados? Para solucionar isso, Rafaela, product designer e prolancer na BossaBox, entende a independência e organização de sua própria agenda como motores para a sua criatividade. Ver a vida passar fora de um escritório pode ajudar a reiniciar suas boas ideias e entregar melhores resultados do que antes. Por que não tentar, então?

Outro ponto importante é o autoconhecimento, que ajuda o prolancer a entregar os melhores resultados em seu próprio tempo. Por isso, saber lidar com sua organização, com maturidade e responsabilidade contam muito mais para uma boa entrega do que uma vaga em um escritório. Tudo se resume à autonomia e à melhor forma de conduzir o trabalho remoto para você.

Existem empresas que trabalham como gestoras do freelancing, como a BossaBox, que trabalha com freelancers que estão em mais de um projeto ao mesmo tempo e promove networking, renda extra e autonomia para os talentos de tecnologia.

*André Abreu é fundador e CEO da BossaBox

 

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