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Cientistas avaliam ônibus movido a hidrogênio em Maricá

Cidade da região metropolitana do Rio sedia 3º Congresso Brasileiro de Hidrogênio, com pesquisadores internacionais e do Brasil

Toda frota de ônibus municipais deve se tornar sustentável até 2034 (Congresso Brasileiro de Hidrogênio/Divulgação)
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Publicado em 27 de maio de 2023 às 13h00.

Especialistas estrangeiros e autoridades do setor de energia do país terão oportunidade de conhecer pontos da pesquisa e viajar em um protótipo de ônibus movido a hidrogênio em Maricá, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, entre 29 e 31 de maio. O veículo vai circular durante o 3º Congresso Brasileiro de Hidrogênio, com sede na cidade, parceira da Coppe/UFRJ no desenvolvimento de energia limpa. A intenção é tornar toda a frota de ônibus municipais 100% sustentável até 2034.

O evento terá participação de personalidades da ciência vindas do exterior, como Laurent Antoni, da Comissão Francesa de Energias Alternativas e Energia Atômica (CEA); Katsuhiko Hirose, desenvolvedor do primeiro veículo híbrido da Toyota; Isabelle Moretti, cientista líder de estudos de hidrogênio na Universidade de Pau, na França; e o espanhol Carlos Fúnez Guerra, doutor em engenharia de minas e energia pela Universidad Politécnica de Madrid.

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Transição energética, descarbonização e reindustrialização com uso de hidrogênio serão alguns dos temas em debate. O prefeito Fabiano Horta destaca a conexão da ciência com Maricá, que estabeleceu uma política municipal pela sustentabilidade, com concessão de benefícios fiscais a empresas que utilizem energia limpa. “Nossa cidade olha para o futuro, sendo pioneira na adoção de iniciativas para uso do hidrogênio em larga escala”, diz.

Opção pela pesquisa

Em 2018, a Prefeitura encomendou à Coppe/UFRJ a tecnologia de ônibus elétricos híbridos (a hidrogênio e etanol). A decisão pelo investimento em pesquisa, em vez de adquirir o produto pronto, foi estimulada pelo atual presidente da Finep, Celso Pansera – então à frente do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM). O investimento, ressalta, permitirá ganho duplo: a valorização da ciência e o patenteamento da tecnologia pelo município.

"Em vez de solução a princípio mais simples, como comprar ônibus elétricos, apostamos no desenvolvimento de tecnologias limpas nacionais. Com a Lei de Inovação e o Código Nacional de Ciência e Tecnologia, podemos financiar um sistema absolutamente inovador", afirma Pansera. Ele compara o processo ao usado para desenvolver a vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca com participação da Fiocruz: "A fundação ajudou a financiar, e hoje é sócia da patente da vacina".

A renovação da frota para veículos ambientalmente sustentáveis permitirá que Maricá atenda a um dos mais importantes eixos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) definidos pela ONU, voltados à indústria, à inovação e à infraestrutura. A ONU lidera o esforço para limitar a 1,5 grau celsius a temperatura do planeta.

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