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Carne bovina impulsiona o crescimento do foodservice no Brasil em maio

"FoodCheck Macrotrends" ouviu mais de 25 mil estabelecimentos em 2,5 mil cidades brasileiras

Compras mantiveram o mesmo patamar de abril (Neuton Araujo/Divulgação)

Compras mantiveram o mesmo patamar de abril (Neuton Araujo/Divulgação)

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Publicado em 13 de julho de 2023 às 18h00.

Última atualização em 13 de julho de 2023 às 18h07.

Uma pesquisa do Instituto Foodservice Brasil (IFB) em parceria com a Mosaiclab revelou que a carne bovina impulsionou o aumento das compras de operadores do setor associados à entidade, em maio de 2023. O estudo indica crescimento em 40% dos produtos analisados. 

Além da carne, também azeite, pão de queijo, sal e batata congelada lideraram o aumento. No sentido oposto, extrato de tomate, hambúrguer, pão de hambúrguer, óleo de soja e tempero em pó venderam menos.

No geral, as compras mantiveram o mesmo patamar este mês em relação a abril. Os números também refletem estabilidade quando comparados a maio do ano passado.

Já em relação a 2022 e 2021, o setor apresentou crescimento, principalmente, em relação ao período de pandemia, com aumento de 161% na comparação com maio de 2020.

Restaurantes tiveram presença dominante entre os operadores do foodservice nos últimos 12 meses, com 60% do share valor. Lanchonetes e padarias registraram 23% e 17% do total, respectivamente.

A cesta composta pelos grupos de alimentos gorduras e lácteos perderam share valor em maio deste ano, em relação a 2022, com queda de 2% nos dois casos. O destaque positivo é o ganho na cesta composta por proteínas, com alta de 2,5%, e aperitivos congelados, com 1,4% a mais nesta análise.

Na análise pelo território nacional, apenas a Região Norte teve aumento do share valor em maio, com registro de 6% a mais nas vendas. No Sul houve queda de 10% e no Centro-Oeste, 8%.

O head de Marketing, Lucas Roberto, explica que as políticas econômicas do novo governo em relação ao preço dos alimentos vêm permeando o retorno do setor aos patamares pré-pandemia e o maior acesso a produtos, como a carne.

 “O foodservice é um dos setores mais expressivos na economia brasileira e muito resiliente. Fortemente abalado pelo isolamento social, o setor vem se recuperando e visando crescimento. A queda nos preços dos alimentos também impacta diretamente a evolução do mercado”, afirma ele.

Pesquisa

Os dados são do "FoodCheck Macrotrends", pesquisa de monitoramento das vendas de categorias de produtos, realizada pelo IFB e em parceria com Mosaiclab. O instituto busca soluções para temas que impactam o mercado de alimentação fora do lar e apresenta a pesquisa "FoodCheck Macrotrends" com objetivo de monitorar as compras de categorias de produtos dos operadores independentes do foodservice, realizando a coleta de dados mensalmente. 

O monitoramento "FoodCheck Macrotrends" é feito com 93 categorias agrupadas em 13 grandes grupos de alimentos: aperitivos congelados, atomatados, bebidas, condimentos, farináceos, gorduras, grãos, lácteos, ingredientes secos como açúcar, café, fermentos e outros, proteínas, pães e massas, embutidos e outros, que engloba 48 categorias agrupadas, desde achocolatados prontos para beber, azeitona, chocolate em barra, seleta de legumes e diversos. As principais métricas do estudo são o share valor e a variação indexada a ele. 

A coleta de dados provém da transação de notas fiscais entre canais de abastecimento e operadores. O critério de escolha foi a própria necessidade de monitoramento desse público de operadores independentes e como o dado analisado no projeto provém da transação de notas fiscais, escolhidos pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), englobando padarias, restaurantes e lanchonetes. No total, participaram mais de 25 mil estabelecimentos em mais de 2,5 mil cidades brasileiras, representando em torno de 10% das compras feitas nos restaurantes do Brasil.

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