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Burger King: fast-food cada vez mais digital e conectado

Para executivo da rede, “marketing e tecnologia não se sobrepõem mais, eles se tornaram um”

Loja do Burger King (Burguer King/Reprodução)
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André Martins

Publicado em 25 de novembro de 2020 às 13h53.

Última atualização em 25 de novembro de 2020 às 14h33.

As empresas nunca investiram tanto em tecnologia como nos dias de hoje. E não há nenhuma dúvida de que essa tendência será ainda mais acelerada nos próximos anos, como reflexo de uma mudança no comportamento de consumo que alterou diretamente o modelo de negócios das empresas, mostrando um cenário competitivo e cada dia mais desafiador. Esse panorama mais complexo, fez com que diversas companhias promovessem, nos últimos anos, mudanças em suas estruturas organizacionais, a partir da qual o cliente foi colocado no centro de suas decisões mais fundamentais.

Recentemente anunciamos a unificação da nossa área de vendas e marketing com tecnologia, a fim de acelerar essa transformação digital e a experiência integrada e omnicanal para os nossos clientes. Estar à frente dessa movimentação e dessa transformação me permite dizer que essa é uma decisão totalmente estratégica e pautada por dados.

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Ao longo do processo pandêmico, a participação do digital se tornou ainda mais relevante, uma vez que o universo online era o único ponto de contato entre muitas empresas e seus consumidores. Estudos apontam que essa movimentação será mantida no pós-pandemia. Segundo a Qualibest, Instituto de Pesquisas de Mercado online, mais de 50% das pessoas passarão a comprar ainda mais produtos pela internet, e a transformação digital é mais que essencial.

Vemos diariamente que a responsabilidade do diretor de marketing está evoluindo globalmente e essa união do “CMO” com “CTO” — o “CMTO” — deixa claro que marketing e tecnologia não se sobrepõem mais, eles se tornaram um. É a união da criatividade com as APIs.

O cliente sempre foi o fator motivador e decisivo do nosso negócio, sempre no centro de nossa estratégia. A digitalização do mundo não mudou nossa essência enquanto empresa. Mas o que podemos dizer é que certamente a transformação tecnológica é um ativo necessário para que possamos manter os fãs da marca no topo da nossa companhia, atendendo e oferecendo as experiências mais completas de acordo com o que eles precisam e desejam.

Nossa ambição é ser a rede de fast-food mais digital e conectada com os consumidores do Brasil — e, para isso, a personalização e o uso intensivo de dados estão no centro da nossa estratégia. Mas sabemos que digital vai além disso: digital precisa ser a forma de a empresa trabalhar e isso passa também pela cultura e pelas pessoas que trabalham na empresa. Ser uma empresa tecnológica, mais do que equipamentos, é sobre pessoas.

Alguns projetos digitais já implementados devem agora ser acelerados por causa do maior foco na área digital. Em um cenário controverso, quando quase 100% de nossas operações estavam fechadas por conta do covid-19, conseguimos aumentar em 300%, entre abril e maio, a participação de nosso serviço de delivery no comparativo com o mesmo período de 2019. Outro indicativo relevante que evidencia que estamos em uma jornada acertada é nosso aplicativo próprio, que atingiu mais de 25 milhões downloads nos últimos meses e mais de 4 milhões de usuários únicos mensais.

Como ativo da nossa digitalização, também temos uma funcionalidade de pagamento sem fila. Fomos a primeira grande rede de fast-food do país a permitir que as pessoas pudessem customizar o produto que preferem e comprar sem precisar pegar fila.

Outra novidade que deve ser acelerada é uma modalidade de serviço chamada drive-thru contactless, em que o consumidor realiza a compra via aplicativo e retira via drive-thru. Também devemos aumentar a presença dos totens de autoatendimento digitais — já disponíveis em aproximadamente 50% dos nossos restaurantes no Brasil, além de expandir nosso delivery próprio e investir nas vendas e relacionamento por Whatsapp.

São muitos os desafios a seguir, mas com o objetivo de unir tecnologia, criatividade e pessoas, seguimos o nosso caminho como uma companhia pioneira e disruptiva em todos os processos.

*Ariel Grunkraut é vice-presidente de marketing, vendas e tecnologia do Burger King no Brasil

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