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Amigas são as verdadeiras influenciadoras de beleza

Das entrevistadas, 63% seguem influenciadoras para se manterem informadas sobre as novidades, mas a confiança em suas opiniões caiu, aponta pesquisa

Opiniões de suas amigas ganharam um peso extra nas avaliações de produtos de beleza (Ponomariova_Maria/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 28 de janeiro de 2022 às 13h40.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2022 às 13h16.

Com o boom das redes sociais surgiu também uma nova profissão para as fãs de beleza: influenciadora digital. É cada vez mais comum ver mulheres com milhões de seguidores fiéis, com um grande poder de pulverização de informação dentro do seu público-alvo dando dicas de maquiagem, produtos para cabelo e skincare. E justamente quando os estrategistas do mercado de beleza já estavam bem familiarizados com elas, o poder da influência está mudando de mãos.

Segundo um levantamento realizado pelo grupo Consumoteca, empresa de pesquisa e inovação, com aproximadamente 1.585 mulheres das classes A, B e C de todo o Brasil, 63% das entrevistadas seguem influenciadoras para se manterem informadas sobre as novidades no mundo da beleza. No entanto, a confiança em suas opiniões caiu. Somente 5% delas se sentem motivadas a experimentar um produto com base na opinião de uma influencer.

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“Com os contratos milionários, produtos próprios e ‘recebidinhos’, a consumidora tem dificuldade em diferenciar o que é uma opinião genuína e o que é um #publi. Elas escutam o que uma grande influenciadora fala, mas acreditam mesmo no que a pequena está dizendo”, declara Michel Alcoforado, antropólogo e sócio-fundador do grupo Consumoteca.

As novas influenciadoras

Com a sensação de que não podem confiar 100% nas famosas blogueiras, as opiniões de suas amigas ganharam um peso extra nas avaliações de produtos de beleza para as consumidoras. No total, 20% das mulheres se sentem motivadas a experimentar um produto de beleza que foi indicado por suas amigas. Esse comportamento é ainda mais forte na faixa etária entre 24 e 35 anos, com um índice de 24%.

Com isso em mente, as marcas de produtos de beleza e cuidados pessoais precisam investir mais em ações direcionadas ao público feminino, focando no poder da nanoinfluência para promover seus lançamentos e principais linhas.

“É hora de repensar as estratégias e fazer as alterações necessárias para que as mulheres tenham mais confiança no momento da decisão de compra. Caso contrário, diversas marcas vão perder vendas e até mesmo credibilidade com suas clientes”, declara Michel.

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