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Alcoa tem mais de 400 pessoas aliadas a grupo de inclusão LGBTQIAP+

Rede apoia colegas para que se sintam seguros e desenvolvam a carreira

Engajamento se baseia no trabalho de conscientização para a diversidade (Christophe Gateau/Getty Images)

Engajamento se baseia no trabalho de conscientização para a diversidade (Christophe Gateau/Getty Images)

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Publicado em 6 de julho de 2023 às 17h00.

Última atualização em 6 de julho de 2023 às 17h12.

Segurança para ser quem você é. Isso é fundamental, ainda mais falando do ambiente de trabalho. Quanto mais podemos nos sentir seguros para emitir opiniões, expressar ambições e dividir conquistas, melhor enfrentamos os desafios da carreira e do ambiente corporativo. E para as pessoas LGBTQIAP+ não é diferente. Por isso, a Alcoa incentiva que seus funcionários se engajem no trabalho de construir um ambiente de respeito, equidade e pertencimento para todas as pessoas. Hoje, os aliados a essa causa já somam 429 funcionários no Brasil, que participam de encontros e discussões e são agentes transformadores do dia a dia das operações da companhia, que é líder na produção de alumínio no país. 

Este engajamento se baseia no trabalho de conscientização para a diversidade, que começa na definição de critérios para recrutamento e seleção e chega até a estratégia global de negócios da empresa, influenciando o processo de tomada de decisão da liderança. Tanto que, o Dia do Orgulho LGBT, 28 de junho, foi marcado por uma reunião online global de executivos de todas as unidades para discutir e fortalecer o papel destes aliados no caminho para a equidade. 

Trabalho ativo a favor da causa

No Brasil, o envolvimento de aliados acelerou o ritmo de trabalho para a formalização do grupo de inclusão de pessoas LGBTQIAP+, criando espaços cada vez mais seguros e inclusivos para pessoas desta comunidade dentro da empresa. 

Você não precisa ser negro para defender os direitos dos negros; da mesma forma que você não precisa ser da comunidade LGBT para apoiar as suas reivindicações. Não se trata de advogar em causa própria, apenas”, define a diretora comercial Juliana Marques que, em 2017, junto a outros colegas, iniciou o movimento de converter boas intenções em ações. 

A primeira medida foi trazer para o país o Eagle (Alcoa pela igualdade LGBTQIAP+), grupo existente em outras plantas pelo mundo que tem como missão promover uma cultura plural e acolhedora para a comunidade, com base em respeito, igualdade de oportunidades e valorização da diversidade. Organizaram eventos, criaram material de comunicação e chegaram ao final daquele ano com 100 aliados. 

“O primeiro passo foi mostrar que a comunidade existia. É preciso atitude para promover mudanças. Você não é capaz de mudar o que não enxerga”, afirma Juliana, lembrando que foi a bares frequentados pelo público, fez pesquisas e conversou com muita gente, inclusive consultores, para se preparar. O resultado do trabalho do grupo foi tão evidente e autêntico, que Juliana foi reconhecida como uma das 100 mulheres mais inspiradoras do mundo pelo Woman in Mining (WIM), em 2020.

Consolidação

Seis anos depois, o respeito e a equidade tornaram-se premissas oficiais nas políticas da mineradora: diversidade, equidade e inclusão; local de trabalho livre de assédio e discriminação; oportunidades iguais de emprego e direitos humanos. Todas as iniciativas voltadas para profissionais LGBTQIAP+ passam pelo Comitê Regional de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) e são balizadas pelo Código de Ética e Conduta, que tem um capítulo específico de DEI, com linguagem inclusiva e referência direta à não discriminação de gênero, orientação ou identidade. Um canal formal e sigiloso também está aberto para receber denúncias de preconceitos e abusos. 

Um dos principais reflexos deste trabalho de pertencimento é que hoje a Alcoa conta com um diretor de Recursos Humanos assumidamente gay, André Rolim, que levanta a bandeira com orgulho ao lado de outros profissionais LGBTQIAP+. 

“O principal é criar possibilidades para que pessoas de diferentes identidades, orientações e expressões de gênero se sintam seguras dentro da empresa para serem quem são e construírem suas melhores versões”, diz Rolim, que também faz parte do Comitê Regional de Diversidade e do Eagle.

Desenvolvimento de carreira para todas as pessoas

Atualmente, 23 profissionais da comunidade passam por uma trilha interna de desenvolvimento no Blend, programa de aceleração de carreiras com duração de nove meses, iniciado em abril. Uma delas é Tiandra Peixoto, engenheira geotécnica.

O Blend é uma forma de autoconhecimento e empoderamento que só alavanca a minha carreira. A cada encontro, apesar da realidade de cada um, percebemos que não estamos sozinhos. Esse sentimento só fortalece ainda mais a nossa comunidade que, durante muito tempo, não teve espaço nem oportunidades apoiadas pelo ambiente corporativo”, declara. 

Em paralelo, a empresa realiza pesquisas frequentes de clima, ações de educação, letramento e treinamentos, eventos com foco nas datas importantes para a comunidade e processos seletivos afirmativos para aumentar a representatividade. Por conta da consistência de suas iniciativas, a Alcoa acaba de ser reconhecida pelo Human Rights Campaign como uma das melhores empresas para profissionais LGBTQIAP+, pelo segundo ano consecutivo, e como a mais inclusiva do setor de mineração pelo Instituto Ethos, com divulgação na revista "Época Negócios". Além destas duas conquistas, a empresa ainda faz parte do Índice Bloomberg de Igualdade de Gênero e conta com os selos GPTW 2023 e Top Employer 2023. 

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