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A sigla ESG precisa estar conectada a outras três letras: DNA

BR Marinas investe em iniciativas que vão de autossuficiência hídrica a redução de pobreza no entorno de suas áreas de atuação

Acreditamos na educação ambiental como ferramenta de transformação (BR Marinas/Divulgação)

Acreditamos na educação ambiental como ferramenta de transformação (BR Marinas/Divulgação)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 19 de março de 2021 às 12h14.

Última atualização em 19 de março de 2021 às 12h23.

Três letras estão no centro das discussões de empresários, empreendedores e investidores: ESG. Do inglês Environmental, Social and Governance, esta sigla traduz princípios incorporados por investimentos que têm questões ambientais, sociais e de governança como critérios na análise, indo além das tradicionais métricas econômico-financeiras. Para serem realmente eficazes, no entanto, as letras precisam estar conectadas a outras três: DNA.

Se as questões que envolvem sustentabilidade não estiverem enraizadas nas empresas, fazendo parte da sua cultura e do dia a dia dos seus colaboradores, as regras ESG não terão sucesso. Ligada aos oceanos por origem e vocação, a BR Marinas, maior rede de pontos de atracação do Brasil, implementa uma série de iniciativas voltadas à proteção deste ecossistema.

Todos os nossos valores sempre envolveram sustentabilidade, muito antes que o tema ganhasse relevância. Esse olhar precisa vir de dentro para fora nas corporações. As metas da BR Marinas permeiam todas as atividades do grupo e incluem autossuficiências hídrica e energética, zero consumo de plástico; redução da pobreza em sua área de atuação; educação ambiental e, acima de tudo, fazer do mar uma fonte de desenvolvimento sustentável.

A Marina da Glória, por exemplo, cartão postal do Rio de Janeiro, tem energia 100% renovável.

Um percentual que serve como meta para o trabalho que vem sendo desenvolvido nos nossos outros sete pontos de atracação, seja através da instalação de painéis solares, seja via parceria de mercado livre. A meta é chegar ao final de 2021 com 96% da energia consumida em todas as marinas oriunda de fontes sustentáveis. Nossos esforços incluem ainda a proteção dos recursos hídricos com a instalação de um sistema de dessalinização que torna potável a água do mar.

As iniciativas têm como um dos principais objetivos influenciar positivamente a sociedade. Os projetos sociais e ambientais da BR Marinas impactam diretamente a vida de mais de 16 mil colaboradores, suas famílias e pessoas próximas às nossas marinas.

Atuamos na gestão de resíduos recolhidos e tratados, fazendo da coleta seletiva mais do que consciência ecológica, mas uma ferramenta de inclusão social, do fim do desperdício e da fome. Além disso, eliminamos de nossas instalações copos de plástico, o que já impediu o descarte de aproximadamente 150 mil copos no meio ambiente.

Iniciativas que já promovemos há anos e agora são motivo de orgulho para nossos clientes e colaboradores. É gratificante ver que o mercado cobra cada vez mais critérios ESG e que essas três letras são levadas em consideração por fundos de investimentos e nas bolsas de valores. Mas, mais do que esses balizadores, é fundamental que a sociedade esteja imbuída desta necessidade.

A atual pandemia da covid-19 escancarou que somos dependentes – países, empresas e sociedade – uns dos outros. A doença que parou o mundo mostrou que tudo está interligado e conectado. Questões sociais e ambientais de uma nação interferem, em menor ou maior grau, no sistema mundial. A empresa que continuar tendo como meta apenas o lucro financeiro, ficará para trás.

Levamos nossos princípios para além das nossas marinas com visitas a escolas para conscientizar os jovens sobre a importância dos oceanos e os cuidados que devem ser adotados pela preservação deste ecossistema.

Acreditamos na educação ambiental como ferramenta de transformação e apostamos na juventude como a liderança que atuará na defesa do meio ambiente, de um mundo mais consciente de seus deveres. Porque assim como acontece com os jovens, a verdadeira mudança precisa estar presente no seu crescimento.  A adoção de práticas ESG é um processo longo e contínuo. Nunca um pacote pronto. Elas precisam fazer parte da essência, da formação da empresa. Do seu DNA.

* Gabriela Lobato, CEO da BR Marinas

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