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2023 vai unir tecnologia e turismo ao mundo corporativo

Com o turismo corporativo em alta, segmento deve passar por um período de reimaginação

Viagens passarão a ser digitalizadas (DeRepente/Getty Images)

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Publicado em 16 de maio de 2023 às 20h00.

Última atualização em 17 de maio de 2023 às 16h17.

Por Luciano Brandão*

O turismo corporativo nunca esteve tão em alta. A mistura da viagem a trabalho e a lazer, comumente chamada de “bleisure”, deve estar no radar de todas as empresas ligadas às viagens corporativas em 2023. Esse movimento se baseia na mudança de rotina provocada pela pandemia. As pessoas passaram a trocar o “modo trabalho” e o “modo lazer” com muito mais velocidade e facilidade, afinal, foram obrigadas a trabalhar por meses a fio dentro de casa. Agora, mais e mais empresas aderem aos trabalhos remoto e híbrido.

É uma lógica que definitivamente mudou o comportamento dos colaboradores. Eles já não sentem a necessidade de separar trabalho e diversão ou de esperar as férias para realizar desejos pessoais. Se tenho um evento corporativo em outro país, planejo uma folga nesse período ou estendo a estadia até o fim de semana e tenho todas as atrações turísticas da cidade à minha disposição, por exemplo. Estamos mais dispostos a mesclar os propósitos de viagem.

Os dados comprovam. Recentemente, o CCO da American Airlines revelou que metade da receita da companhia aérea já vem da combinação de viagens a trabalho e lazer. O State of Travel 2022 Report, da Skift, também mostra que o número de viagens corporativas que incluem um final de semana teve um crescimento de 7% de 2019 a 2022 em todo o mundo.

Por muito tempo, algumas agências de viagens resistiram aos avanços tecnológicos, mas durante a pandemia, se viram sem outras soluções que não fossem as digitais. Agora, essa tendência ganha força devido à consolidação da transformação digital dos mais diversos serviços ligados ao setor de viagens e ao aumento do bleisure, que coloca mais pessoas na rota turística. É preciso seguir o fluxo para não sair do mercado. Segundo um estudo da Facts & Factors, o mercado global de softwares para agências de turismo, estimado em US$ 500 milhões em 2020, deve ser avaliado em US$ 1,2 bilhão até 2026.

A grande novidade é: as pessoas estão dispostas a substituir seus prestadores de serviços atuais  por aqueles que inspirem a confiança de uma viagem sem dores de cabeça ou problemas mais graves. O seguro viagem, por exemplo, tem cada vez mais sido visto como custo essencial, e empresas que conseguem oferecer um atendimento mais amplo e personalizado para viagens corporativas estão vendo o número de clientes crescer.

É o caso da VOLL, uma agência de viagens corporativas que nasce da tecnologia e entrega uma plataforma que faz a gestão completa das viagens da empresa: planejamento (inclusive para bleisure), reserva de estadia, compra de passagens aéreas, locação de carro, solicitação de corrida por aplicativo, gastos com alimentação e outras necessidades, com atendimento humano 24h por dia e gestão de despesas com relatório completo da viagem, na tela do gestor, sem burocracias. Não é à toa que a VOLL cresceu 150% em 2022 em relação ao ano anterior, quando já havia faturado R$ 200 milhões, e atende mais de 450 mil usuários de grandes empresas do porte de Itaú, McDonald’s, Vivo, Pepsico, Cargill e Estácio.

Essas tendências apontam para a conclusão de que as tecnologias que nos conectam – a novas possibilidades, colegas e parceiros de trabalho, lugares e até sonhos – são as que vão determinar os rumos do turismo corporativo em 2023.

*Luciano Brandão é cofundador e CEO da VOLL

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