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YouTube remove vídeo de deputada Bia Kicis por desinformar sobre covid-19

No vídeo deputada fazia uma entrevista sobre vacinação com um médico negacionista da pandemia

Deputada Bia Kicis, no plenário da Câmara (Pablo Valadares/Agência Câmara)

Deputada Bia Kicis, no plenário da Câmara (Pablo Valadares/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de março de 2021 às 16h04.

Última atualização em 6 de março de 2021 às 16h07.

O YouTube removeu neste sábado (6) vídeo postado pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) em seu canal na plataforma por promover desinformação sobre a covid-19. No vídeo, a deputada, indicada pelo PSL para assumir a importante Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, fazia uma entrevista sobre vacinação com um médico negacionista da pandemia, chamado Alessandro Loiola.

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O médico é autor do livro intitulado "Covid-19: a fraudemia", um compêndio de teses anticientíficas e teorias conspiratórias. Recentemente, o YouTube havia removido outra entrevista com Loiola, ao jornalista Luís Ernesto Lacombe. Credita-se também a ele um tuíte que teria inspirado citação feita pelo presidente Jair Bolsonaro em sua "live" de 25 de fevereiro a um estudo alemão sobre efeitos colaterais do uso de máscaras, um artigo que não havia sido revisado por pares acadêmicos nem publicado por revistas científicas, incapaz de comprovar relação com os problemas mencionados em crianças.

"A minha resposta será no Parlamento, como uma deputada que seguirá lutando pela liberdade de expressão e contra os abusos daqueles que se julgam donos da verdade e querem transformar a ciência em uma ciência fascista, sem espaço para o debate e a pluralidade", disse a deputada Bia Kicis ao Estadão/Broadcast, reagindo à medida tomada pela plataforma de vídeos.

"O YouTube tem políticas claras sobre o tipo de conteúdo que pode estar na plataforma e não permite vídeos que promovam desinformação sobre a covid-19", declarou a plataforma do Google por meio de nota. "Desde o início de fevereiro, analisamos e removemos manualmente mais de 800 mil vídeos relacionados a afirmações perigosas ou enganosas sobre o vírus. É nossa prioridade fornecer informações aos usuários de maneira responsável, por isso continuaremos com a remoção de vídeos que violem nossas regras."

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