Acompanhe:

Youssef pede investigação contra seu ex-laranja

No fim de outubro do ano passado, Alberto Youssef concordou, como parte da delação premiada que fez, devolver uma fortuna de R$ 55 milhões aos cofres públicos

Modo escuro

Continua após a publicidade

	Lava Jato: ex-laranja afirmou há três dias a jornal que Alberto Youssef estava ocultando patrimônio
 (Divulgação / Polícia Federal)

Lava Jato: ex-laranja afirmou há três dias a jornal que Alberto Youssef estava ocultando patrimônio (Divulgação / Polícia Federal)

J
Julia Affonso

Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às, 15h04.

São Paulo - Os advogados de defesa do doleiro Alberto Youssef, personagem central da Operação Lava Jato, levaram à Justiça Federal um pedido para que se investiguem "pessoas ocultas" que estariam por trás de declarações recentes do doleiro Leonardo Meirelles. 

Ele atuava como laranja de Youssef e afirmou há três dias ao jornal Folha de S.Paulo que Youssef estava ocultando patrimônio.

No fim de outubro do ano passado, Youssef concordou, como parte da delação premiada que fez, devolver uma fortuna de R$ 55 milhões aos cofres públicos, valor que representa apenas uma parte do total por ele movimentado no esquema de corrupção na Petrobras.

"Requer-se seja expedido ofício à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal a fim de se investigar se existem (e quem são) pessoas ocultas ou mesmo mentores intelectuais, possíveis mandantes, da urdidura engendrada por Meirelles na imprensa, a fim de desestabilizar o acordo e tumultuar o curso da instrução criminal", disse a defesa.

O pedido é subscrito pelos criminalistas Antonio Augusto Figueiredo Basto, Luis Gustavo Rodrigues Flores, Rodolfo Herold Martins e Adriano Sérgio Nunes Bretas.

Segundo eles, Meirelles "age como príncipe dinamarquês entre o 'ser e o não ser'".

Eles se referem ao fato de o laranja ser réu em algumas ações penais da Lava Jato e testemunha em outras.

Nos processos relacionados às empreiteiras, Meirelles não foi denunciado.

Na terça-feira, 3, ele testemunhou em ação relacionada à Engevix, em audiência conturbada.

Na metade do depoimento de Meirelles, o advogado de Youssef, Antônio Figueiredo Basto, perguntou como era feita a remessa de dinheiro para o exterior. A defesa de Meirelles interrompeu, deixando Basto irado.

"Sua intenção é tumultuar a investigação, criar factóides e explorar o clamor popular para desacreditar a investigação. Quem é o dono de Meirelles? A quem ele serve? Se tem realmente as provas da omissão de patrimônio que as mostre, se tem provas de má-fé de Alberto Youssef que entregue ao MPF. Mas seu próprio advogado já disse: 'Não tem provas referentes à acusação'", afirmam os advogados.

Últimas Notícias

Ver mais
Seis anos depois, STF volta a debater alcance do foro privilegiado e avalia novos critérios
Brasil

Seis anos depois, STF volta a debater alcance do foro privilegiado e avalia novos critérios

Há 2 dias

STF dá 60 dias para PF concluir inquérito sobre caixa dois da Odebrecht a Paes e Pedro Paulo
Brasil

STF dá 60 dias para PF concluir inquérito sobre caixa dois da Odebrecht a Paes e Pedro Paulo

Há 2 semanas

Acordos da Lava Jato homologados pelo STF recuperaram R$ 2 bi, mostra relatório de Fachin
Brasil

Acordos da Lava Jato homologados pelo STF recuperaram R$ 2 bi, mostra relatório de Fachin

Há 3 semanas

Juiz aceita queixa-crime de Bolsonaro contra Delgatti por calúnia
Brasil

Juiz aceita queixa-crime de Bolsonaro contra Delgatti por calúnia

Há 3 semanas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais