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Para Wall Street Journal, Fernando Haddad é visionário

Jornal ressalta as ciclovias e programas sociais do prefeito, que foram importantes para tirar o caráter central do carro na vida do paulistano

Fernando Haddad anda de bicicleta na avenida Paulista (André Tambucci/Fotos Públicas)

Raphael Martins

Publicado em 23 de setembro de 2015 às 19h13.

Última atualização em 9 de outubro de 2018 às 07h25.

Matéria publicada em setembro de 2015

São Paulo – Em matéria desta quarta-feira do jornal americano Wall Street Journal, o prefeito de São Paulo , Fernando Haddad (PT), foi classificado como "visionário", por suas políticas sociais e reformas do sistema de mobilidade.

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"Se o impopular prefeito de São Paulo fosse o chefe de São Francisco, Berlim ou alguma outra metrópole de característica inovadora, ele seria reconhecido como um visionário em políticas urbanas", diz o jornal.

O texto ressalta a importância do projeto social Braços Abertos, que dá apoio a usuários de crack a se livrar da dependência química, e reconhece o esforço do prefeito em criar soluções de mobilidade para uma cidade superlotada, representadas pela implementação das ciclovias e corredores de ônibus.

Outro fator ressaltado pelo jornal é o fechamento de vias como a Avenida Paulista e o Minhocão para lazer dos paulistanos. "Em uma cidade tão carente de áreas verdes, a medida proporcionou o deleite de pedestres, ciclistas e skatistas, mas desagradou comerciantes e moradores do local."

Pelo fato de essas políticas desagradarem parcelas mais conservadoras da população, o jornal aposta que a oposição usará essas cartas para tentar impedir sua reeleição.

"Essas iniciativas lideram as críticas a sua administração, caracterizada como 'demagógica' e 'imprudente', como definiu o editorial do jornal O Estado de S. Paulo", diz o texto. "Outros críticos classificam as ciclovias como um luxo em uma cidade com índices crescentes de criminalidade, escolas desmoronando e hospitais falidos."

O jornal ressalta, no entanto, que as iniciativas vêm sendo bem aceitas por especialistas em transporte e pela população. O jornal cita a aprovação de 80% das ciclovias e de 91% das faixas de ônibus para justificar que Haddad aproveitou seu mandato para mudar o conceito centrado no automóvel que a cidade sempre teve.

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