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WhatsApp se reúne com Bolsonaro e confirma megagrupos somente após eleição

Bolsonaro havia atacado acordo de aplicativo com o TSE; empresa nega que lançamento tenha sido pedido da Corte

Logo do WhatsApp em celular (Nasir Kachroo/NurPhoto/Getty Images)

Logo do WhatsApp em celular (Nasir Kachroo/NurPhoto/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 27 de abril de 2022 às 13h57.

Em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, realizada na manhã desta quarta-feira no Palácio do Planalto, representantes do WhatsApp afirmaram que o lançamento no Brasil de um novo recurso do aplicativo, batizado de Comunidades, não fez parte de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A empresa reforçou, no entanto, que a funcionalidade só está disponível depois das eleições.

"A data de lançamento deste recurso no Brasil foi tomada exclusivamente pela empresa, tendo em vista a confiabilidade do funcionamento do recurso e sua estratégia de negócios de longo prazo. Essa decisão não foi tomada a pedido nem por acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)", disse a empresa, em nota divulgada após o encontro.

O Whatsapp acrescentou que continua a "avaliar o momento exato para o lançamento da funcionalidade no Brasil e comunicaremos a data quando estiver definida", destacando que "isso só acontecerá após as eleições de outubro".

Estavam presentes na reunião o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e quatro representantes do WhatsApp: Dario Durigan (head de Políticas Públicas para o WhatsApp na Meta Brasil), Guilherme Horn (head do WhatsApp no Brasil), Murillo Laranjeira (Public Policy Director na Meta Brasil) e Eduardo Lopes, (Public Policy Manager na Meta Brasil).

A funcionalidade Comunidades vai permitir a criação de subgrupos dentro de um grupo principal, para a discussão de diferentes temas. O usuário, ao ingressar em uma comunidade, poderá ver quais temas estão sendo abordados nas diferentes salas de bate-papo, escolhendo em qual quer ingressar.

Em fevereiro, o WhatsApp firmou, junto com outras redes sociais, um acordo com o TSE para combater a desinformação durante as eleições. A empresa, contudo, diz que o lançamento do Comunidades não faz parte desse acordo.

Há duas semanas, Bolsonaro afirmou que se o WhatsApp poderia fazer um acordo com o TSE, também poderia fazer com ele.

— Já conversei com o (ministro das Comunicações) Fábio Faria. (Ele) vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar (o acordo). Se ele (WhatsApp) pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não? — disse Bolsonaro, em entrevista à CNN Brasil, durante o feriado de Páscoa no Guarujá.

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