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"Vou ser candidato para governar decentemente o país", diz Lula

Candidatura do petista foi formalizada durante a reunião da Executiva Nacional, na sede da CUT, em São Paulo

Lula: "vou para ganhar e governar" (Leonardo Benassatto/Reuters)

Lula: "vou para ganhar e governar" (Leonardo Benassatto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 15h15.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 25, que aceita a indicação do Diretório Nacional do PT para que ele seja o candidato do partido à presidência da República nas eleições deste ano.

A candidatura de Lula foi formalizada durante a reunião da Executiva Nacional, na sede da CUT, em São Paulo.

"Mas não estamos sozinhos, temos adversários que vão querer evitar que continuemos andando pelas ruas." Lula completou que a candidatura só tem "sentido" se a militância for capaz de fazê-la mesmo se ela for indesejada. "É colocar o povo brasileiro em movimento."

Para Lula, o lançamento da sua candidatura não é só para disputar o pleito. "Vou para ganhar e governar", disse ele. O petista ainda disse que não está sendo candidato para se proteger da Justiça. "Minha proteção é minha inocência. Vou ser candidato para governar decentemente esse País."

Ao aceitar sua indicação como candidato, Lula ainda disse que estava criando o dia do "aceito", em referência ao "Dia do Fico" de D. Pedro. Lula também repetiu que vai à Etiópia nesta madrugada para discutir uma forma de acabar com a fome no continente africano. "Fico por lá por 14 horas e volto."

Antes, o petista havia dito que a corrupção é uma "desgraça" e o que mais coloca sua honra "À flor da pele". "A corrupção derruba qualquer político", disse, citando que até aliados no começo desconfiam dos atos. "Não posso aceitar que um canalha me chame de ladrão", completou.

Haddad

Durante evento, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad afirmou hoje que foi convocado por Lula para participar de um grupo que vai montar o plano de governo para um eventual terceiro mandato do petista.

Segundo Haddad, o grupo vai começar a se reunir no dia 1º de fevereiro e vai aceitar sugestões de diversos grupos ligados ao partido até o dia 15 de março.

"Vamos apresentar ao País o melhor plano de governo que pudemos fazer", disse o ex-prefeito, que também foi ministro da Educação.

O ex-prefeito de São Paulo disse ainda que não teme os possíveis adversários de Lula na campanha. "Na centro-direita só temos mediocridade", afirmou.

Haddad é apontado como um dos nomes que podem substituir Lula na campanha, caso a candidatura do ex-presidente seja impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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