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Votos de Marina são objeto de desejo de Dilma e Aécio

Os 19 milhões de votos que deram o terceiro lugar à Marina Silva começaram a ser cobiçados por seus rivais, Dilma e Aécio

Marina Silva, durante conferência do PSB em que confirmou 3º lugar nas eleições (Nacho Doce/Reuters)

Marina Silva, durante conferência do PSB em que confirmou 3º lugar nas eleições (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 08h39.

São Paulo - Os 19 milhões de votos que deram o terceiro lugar nas eleições presidenciais à ambientalista Marina Silva neste domingo serão disputados pelos dois candidatos que passaram para o segundo turno, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o opositor Aécio Neves (PSDB).

"Estamos frente ao segundo turno com nosso Programa de governo e com 20% da população brasileira, determinada a que a mudança deve ser feita de forma qualificada", disse Marina sobre seu resultado eleitoral, em entrevista coletiva em São Paulo.

Durante semanas favorita nas pesquisas para ir ao segundo turno do dia 26 de outubro, Marina terminou em terceiro lugar, mas seus eleitores começaram a ser cobiçados por seus rivais.

Apesar de ter obtido uma votação similar à das eleições de 2010, Marina esclareceu que considera a de hoje um "crescimento", já que todos apostavam que sua influência ia diminuir, como tinha ocorrido com candidatos que se posicionavam como uma terceira via.

"Considero que estamos avançando e um sinal disso é a decisão da sociedade brasileira em se manter firme no propósito de uma nova política", comentou.

Apesar ao resultado, a militância de Marina, que encorajou grande parte da campanha do PSB, não mostrava decepção no encontro realizado em São Paulo, embora na equipe de campanha houvesse certa frustração por ter recebido "ataques" por parte de seus oponentes.

O candidato a vice-presidente de Marina, Beto Albuquerque, foi taxativo sobre o tema: "Nós podemos dormir tranquilos, outros que lembram vitórias neste momento não podem fazer o mesmo".

"Recebemos um ataque feroz por parte do Partido dos Trabalhadores (PT), que ameaçava a população que se não votassem em Dilma iam eliminar os programas de ajuda social", disse à Agência Efe uma fonte do grupo de campanha de Marina.

O PSB e a Rede Sustentabilidade, grupo criado por Marina, vão debater de forma programática a posição para o segundo turno.

"Se nossos rivais não quiseram debater nosso programa de governo, agora vão ter que discuti-lo", sustentou a fonte.

Mas no final da conferência Marina Silva não quis dar pistas sobre qual será seu voto no dia 26 de outubro, depois de uma campanha na qual teve discussões ríspidas tanto com Dilma como com Aécio.

"O voto é secreto", respondeu a ex-ministra do Meio Ambiente.

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