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Voto sobre contas de Dilma não é político, diz ministro

Augusto Nardes disse que propôs a rejeição das contas da presidente apesar de ter concedido prazo de 30 dias para explicações do governo


	Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU): "nosso voto não é com intenção política", afirmou durante evento sobre práticas de boa governança em São Paulo
 (Wilson Dias/ABr)

Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU): "nosso voto não é com intenção política", afirmou durante evento sobre práticas de boa governança em São Paulo (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2015 às 11h42.

São Paulo - Durante evento sobre práticas de boa governança, em São Paulo, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, relator do processo das contas do governo Dilma Rousseff referentes a 2014, disse que o voto sobre o assunto tem caráter técnico. "Nosso voto não é com intenção política", afirmou na manhã desta quinta-feira, 25.

O ministro do TCU comentou ainda o documento assinado pelo ex-secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin no qual ele assume a responsabilidade sobre as manobras contábeis, mas defende a legalidade das medidas, que ficaram conhecidas como pedaladas fiscais. "Não adianta o Arno Augustin dizer que foi ele que fez as pedaladas. As contas são da presidente", destacou, durante a abertura do terceiro dia de trabalhos do 3º Congresso Internacional de Compliance & Regulatory Summit.

O ministro disse, durante o evento, que propôs a rejeição das contas da presidente apesar de ter concedido prazo de 30 dias para explicações do governo.

A expectativa de Nardes é que a questão seja decidida em até dois meses. "Vamos formatar nosso voto em 45, 60 dias", estimou.

O TCU adiou, no último dia 17, o julgamento das contas do governo por 30 dias, para que a presidente Dilma Rousseff preste esclarecimentos sobre os achados da Corte no balanço das contas públicas de 2014.

O tribunal encontrou R$ 37,5 bilhões em pedaladas fiscais, além de R$ 281 bilhões em distorções totais. Essa é a primeira vez que um presidente da República terá de fazer sua própria defesa em função de problemas nas contas públicas.

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