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Violência no carnaval no Rio foi inaceitável, diz Jungmann

A Polícia Militar chegou a reforçar o policiamento da orla a partir de segunda-feira (12), mas a violência e os arrastões se repetiram

Carnaval no Rio de Janeiro: sistema usará um software da empresa de telefonia Oi (Pilar Olivares/Reuters)

Carnaval no Rio de Janeiro: sistema usará um software da empresa de telefonia Oi (Pilar Olivares/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 06h44.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que as cenas de violência ocorridas durante o carnaval no Rio de Janeiro foram “inaceitáveis” e que o governo já começou a pensar em formas de auxiliar as forças de segurança do estado.

“Fica muito claro para nós que a situação do Rio durante o carnaval, como aliás o próprio governador reconheceu, foi lamentável e aqueles fatos impactaram muito o governo. E novas medidas deverão vir”, disse o ministro hoje (14) à noite, após reunião com o presidente Michel Temer no Palácio da Alvorada.

As imagens de arrastões na zona sul do Rio e agressões violentas promovidas por grupos de ladrões circularam em todo o país e chocaram pela violência gratuita.

A Polícia Militar chegou a reforçar o policiamento da orla a partir de segunda-feira (12), mas a violência e os arrastões se repetiram.

Jungmann avaliou que o reforço no policiamento, após os primeiros dias do carnaval, foram percebidos pela população, mas não evitou os episódios de violência.

“Mesmo assim, as cenas foram inadmissíveis e inaceitáveis. Agora, a nossa avaliação é de que, por decisão do presidente Temer, nós devemos ver e pensar como ampliar essa ajuda que já vínhamos fazendo”.

O governo Temer já havia prestado apoio ao estado desde o ano passado, para suporte a ações da Polícia Militar local para combate à criminalidade, como ocorreu em ação na Rocinha.

Jungmann, porém, explicou que o governador do Rio de Janeiro não pediu ajuda federal para este carnaval. Mas, ainda assim, irá ao estado para obter mais informações da situação.

“Nós atuamos por demanda do governo do Rio, que tem a liderança do processo. Mas o presidente está preocupado com isso, e cabe a ele as decisões que devem ser tomadas”.

O ministro deverá visitar o Rio de Janeiro ainda esta semana. Antes, ele aguardará a edição da medida provisória que trata da situação dos imigrantes venezuelanos em Roraima.

O ministro da Defesa destacou que o governo federal ainda não definiu o que fará em relação ao tema, mas o assunto já foi levantado na reunião de hoje, ainda que o tema principal tivesse sido o problema vigente em Roraima.

“Ainda não definimos, mas de fato o governo federal pensa em tomar medidas adicionais no que diz respeito ao problema da segurança do Rio de Janeiro, evidentemente que em cooperação conjunta com o governo do estado”.

Hoje, mais cedo, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, admitiu que faltou preparação do estado para lidar com segurança durante os quatro dias de carnaval. A segurança pública do Rio de Janeiro vive um momento de crise.

Na semana passada, a morte de uma menina de 3 anos durante um assalto e de um adolescente 13 anos, baleado em meio a um confronto entre policiais e criminosos, que levou ao fechamento de três vias importantes da cidade, gerou declarações públicas tanto de Pezão como do prefeito Marcelo Crivella.

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