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Viagem de Dilma aos EUA tem agenda centrada em comércio e educação

Esta é a primeira visita oficial de Dilma aos Estados Unidos, e suas atividades oficiais começarão ainda hoje

A presidente Dilma Rousseff (Adalberto Roque/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2012 às 10h27.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff viajou neste domingo a Washington, onde terá uma agenda de encontros - um deles com o chefe de Governo americano, Barack Obama - focada no comércio e na cooperação em educação.

Esta é a primeira visita oficial de Dilma aos Estados Unidos, e suas atividades oficiais começarão ainda hoje. Logo após desembarcar, ela vai se reunir com um grupo de empresários brasileiros que, por sua vez, terá diversos contatos com representantes do setor privado americano.

Na segunda-feira, a presidente será recebida por Obama na Casa Branca para uma reunião na qual debaterão a vasta relação bilateral, com particular interesse na troca comercial, que em 2011 foi de US$ 74 bilhões, mas que os governos dos dois países desejam ampliar, sobretudo agora que os EUA começam a dar sinais de recuperação.

Os Estados Unidos foram durante décadas o principal parceiro comercial do Brasil, mas acabaram ultrapassados no início do ano passado pela China, que hoje é o maior destino das exportações brasileiras.

O Governo Federal tenta fortalecer a indústria nacional para que o país deixe de ser potencialmente exportador de matérias-primas, como ocorre na maioria das exportações do país à China, e aposta superficialmente na melhora da economia dos Estados Unidos para aumentar as trocas comerciais.

O interesse comercial e econômico da viagem de Dilma será reforçado por dois eventos entre empresários de Brasil e EUA dos quais a governante participará amanhã, após sua visita à Casa Branca.

Dilma e Obama discutirão além disso diversos assuntos da agenda internacional, como a situação na Síria, a 'primavera árabe', a reforma da ONU e dos demais organismos internacionais, assim como a agenda da 6ª Cúpula das Américas, da qual ambos participarão no próximo fim de semana, em Cartagena de Indias (Colômbia).

Nesse sentido, fontes oficiais brasileiras disseram à Agência Efe que a presidente exporá a Obama sua 'convicção', compartilhada com a maioria dos países latino-americanos, de que essa deverá ser 'a última' cúpula americana 'sem Cuba', país ao qual os Estados Unidos se negam a aceitar por uma alegada falta de liberdade política.

Outro ponto que Dilma discutirá com Obama é a 'sociedade' que ambos os países começaram a tecer em termos de educação. O Brasil, que se transformou na sexta economia do mundo e tem grandes possibilidades de expansão em diversos campos, não conta no entanto com os técnicos e profissionais necessários para aproveitar essas oportunidades.

Para suprir essa carência, o Governo se propõe enviar 100 mil estudantes de graduação e pós-graduação às melhores 50 universidades do mundo, e pelo menos 20% deles irão aos Estados Unidos, em parte graças à cooperação oferecida pelo governo de Obama.

Essa vertente da viagem de Dilma será o tema principal de sua agenda na terça-feira, último dia da visita, quando ela se irá a Boston. Lá, entre outras atividades, a presidente fará uma conferência na Universidade de Harvard. EFE

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff viajou neste domingo a Washington, onde terá uma agenda de encontros - um deles com o chefe de Governo americano, Barack Obama - focada no comércio e na cooperação em educação.

Esta é a primeira visita oficial de Dilma aos Estados Unidos, e suas atividades oficiais começarão ainda hoje. Logo após desembarcar, ela vai se reunir com um grupo de empresários brasileiros que, por sua vez, terá diversos contatos com representantes do setor privado americano.

Na segunda-feira, a presidente será recebida por Obama na Casa Branca para uma reunião na qual debaterão a vasta relação bilateral, com particular interesse na troca comercial, que em 2011 foi de US$ 74 bilhões, mas que os governos dos dois países desejam ampliar, sobretudo agora que os EUA começam a dar sinais de recuperação.

Os Estados Unidos foram durante décadas o principal parceiro comercial do Brasil, mas acabaram ultrapassados no início do ano passado pela China, que hoje é o maior destino das exportações brasileiras.

O Governo Federal tenta fortalecer a indústria nacional para que o país deixe de ser potencialmente exportador de matérias-primas, como ocorre na maioria das exportações do país à China, e aposta superficialmente na melhora da economia dos Estados Unidos para aumentar as trocas comerciais.

O interesse comercial e econômico da viagem de Dilma será reforçado por dois eventos entre empresários de Brasil e EUA dos quais a governante participará amanhã, após sua visita à Casa Branca.

Dilma e Obama discutirão além disso diversos assuntos da agenda internacional, como a situação na Síria, a 'primavera árabe', a reforma da ONU e dos demais organismos internacionais, assim como a agenda da 6ª Cúpula das Américas, da qual ambos participarão no próximo fim de semana, em Cartagena de Indias (Colômbia).

Nesse sentido, fontes oficiais brasileiras disseram à Agência Efe que a presidente exporá a Obama sua 'convicção', compartilhada com a maioria dos países latino-americanos, de que essa deverá ser 'a última' cúpula americana 'sem Cuba', país ao qual os Estados Unidos se negam a aceitar por uma alegada falta de liberdade política.

Outro ponto que Dilma discutirá com Obama é a 'sociedade' que ambos os países começaram a tecer em termos de educação. O Brasil, que se transformou na sexta economia do mundo e tem grandes possibilidades de expansão em diversos campos, não conta no entanto com os técnicos e profissionais necessários para aproveitar essas oportunidades.

Para suprir essa carência, o Governo se propõe enviar 100 mil estudantes de graduação e pós-graduação às melhores 50 universidades do mundo, e pelo menos 20% deles irão aos Estados Unidos, em parte graças à cooperação oferecida pelo governo de Obama.

Essa vertente da viagem de Dilma será o tema principal de sua agenda na terça-feira, último dia da visita, quando ela se irá a Boston. Lá, entre outras atividades, a presidente fará uma conferência na Universidade de Harvard. EFE

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