Venda de espumantes bate novos recordes no Brasil
De janeiro a outubro, foram comercializados 7,9 milhões de litros; volume é 21,2% superior ao do mesmo período do ano passado
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2010 às 09h21.
São Paulo - A venda de espumantes produzidos no Brasil deve chegar aos 13 milhões de litros este ano, mantendo a tendência, iniciada em 2005, de avançar a saltos de 20% e de estabelecer novo recorde a cada ano. Os números ainda não estão fechados, mas a aposta feita pelos produtores é certeira. Dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) indicam que, de janeiro a outubro, foram comercializados 7,9 milhões de litros. O volume é 21,2% superior ao do mesmo período do ano passado.
A julgar pelos resultados dos anos anteriores, a demanda aquecida pelas festas de fim de ano, o ritmo frenético das vinícolas para atender aos pedidos antes do Natal e a percepção dos diretores das vinícolas da Serra Gaúcha, os dados de novembro e dezembro, quando computados, devem confirmar o índice. Em 2009, a soma do consumo de espumantes brasileiros e estrangeiros chegou a 14,4 milhões de litros no País. Neste ano, deve subir para 17,3 milhões de litros, com uma fatia de 4,3 milhões de litros para os importados.
Entre os produtores de espumantes brasileiros, 90% dos quais localizados na Serra Gaúcha, as explicações para o crescimento da preferência pela bebida são quase unânimes. Todos apontam a percepção, no ano de 1999, de que havia mercado para o produto, seguida de investimentos em vinhedos, tecnologia e marketing como passos iniciais da escalada.
Ao mesmo tempo, a Serra Gaúcha passou a ser reconhecida como das melhores regiões do mundo para espumantes, à medida que análises técnicas indicavam que seu solo e clima são propícios à maturação adequada para a fabricação dos espumantes de uvas como a pinot noir, chardonnay, riesling, pinotage, moscatel e prosecco.
“As condições naturais daqui dão a essas variedades características particulares que serão percebidas em espumantes leves e frutados, que não deixam o pouco de amargor de vinhos semelhantes, mais encorpados, produzidos em outras regiões”, destaca o presidente da Associação Brasileira de Enologia, Christian Bernardi. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.