Vélez Rodríguez diz que "percebeu erro" e muda comunicado sobre o Hino
"Tirei a parte correspondente a filmar crianças sem a autorização dos pais", disse o ministro sobre o comunicado controverso do ministério às escolas
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de fevereiro de 2019 às 12h22.
Última atualização em 26 de fevereiro de 2019 às 12h48.
O Ministério da Educação (MEC) informou na manhã de hoje (26) que será enviada uma mensagem às escolas com uma nova carta do ministro Ricardo Vélez, sem o slogan da campanha presidencial. Segundo a nota do MEC, a gravação da execução do Hino Nacional deve ser precedida de autorização legal da pessoa filmada ou de seu responsável. Diz ainda que as imagens serão selecionadas "para eventual uso institucional".
O ministro confirmou que a mensagem foi alterada e que o slogan não consta mais na carta. "Eu percebi o erro e tirei essa frase. Tirei a parte correspondente a filmar sem autorização dos pais", disse o ministro, acrescentando que se algo for publicado será com a autorização dos responsáveis.
Ontem (25), em nota, o MEC confirmou que enviou mensagem às escolas brasileiras pedindo que fosse lida, voluntariamente, uma carta de Vélez. Além disso, o ministro pediu, caso desejassem, que estudantes, professores e funcionários cantassem o Hino Nacional. Tudo poderia ser gravado e enviado ao MEC e à Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República.
A mensagem do ministro terminava com o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro: "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos!".
Vélez Rodríguez se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). "Estive com o presidente do Senado, uma pessoa maravilhosa, muito aberta ao diálogo e nós, no ministério, temos como função cuidar da educação do Brasil, ajudar a educação, melhorar, de mãos dadas com nosso representantes no Parlamento", disse após o encontro.
O ministro iniciou participação, no final da manhã, de audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado para apresentar as diretrizes e os programas prioritários de sua pasta. "Será uma honra muito grande participar dessa sessão no Senado", afirmou.