Dilma Rousseff: "nós vamos ganhar essa guerra. Nós vamos, aqui no Brasil, demonstrar que o povo brasileiro é capaz de ganhar essa guerra" (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2016 às 15h52.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que o Brasil "é capaz de ganhar a guerra contra o mosquito Aedes aegypti", transmissor da dengue, da febre chicungunha e do zika vírus.
"Eu não vou dizer que nós estamos ganhando a luta. Se eu dissesse que nós estamos ganhando a luta, nós estaríamos em uma fase mais avançada. Agora, nós vamos ganhar a luta. É outra coisa. Nós vamos ganhar essa guerra. Nós vamos, aqui no Brasil, demonstrar que o povo brasileiro é capaz de ganhar essa guerra", declarou Dilma a jornalistas após participar, em Brasília, de uma videoconferência na Sala Nacional de Coordenação e Controle para Enfrentamento das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Dilma explicou que o governo decidiu começar, a partir de hoje, uma "mobilização" que inclui uma profunda limpeza em todos os órgãos públicos do país, que serão percorridos por agentes de saúde com a missão de localizar criadouros do mosquito.
A presidente chamou a atenção, especialmente, para a luta contra o zika vírus, sobre o qual disse que "há claras evidências" de que está associado aos quase 4.200 casos de microcefalia registrados em bebês no país nos últimos meses.
Embora tenha dado ênfase a estes casos, os quais considerou como um "mal terrível", Dilma também alertou sobre os elevados números de casos de dengue e chicungunha no Brasil.
Segundo números oficiais, o número de casos de dengue aumentou 178% em 2015 em relação ao ano anterior e chegou a quase 1,6 milhão, com 843 mortes. Quanto à febre chicungunha, no ano passado foram comprovados 20.661 casos e três mortes.
Antes de conversar com os jornalistas, Dilma participou de uma videoconferência com os governadores Ricardo Coutinho, da Paraíba, Rui Costa, da Bahia, Paulo Câmara, de Pernambuco, Geraldo Alckmin, de São Paulo, e Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro
No evento, a presidente esteve acompanhada por sete ministros, entre eles o da Saúde, Marcelo Castro, que advertiu que o Brasil corre o risco de enfrentar uma "epidemia", por isso garantiu que serão feitos "todos os esforços necessários" para evitá-la.
Nos últimos meses o zika se expandiu com notável velocidade pelo continente americano, que segundo cálculos da Organização Pan-americana da Saúde (OPS) registrou de 3 a 4 milhões de casos da doença em um ano.