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Vamos cumprir acordo com setor de bebidas, diz Dilma

Governo não tem "nenhum interesse" em aumentar a carga tributária sobre o setor "nos próximos dias", segundo presidente


	Bebidas: estudos já estão concluídos e apontam para um reajuste médio de 15% no imposto sobre o setor
 (Getty Images)

Bebidas: estudos já estão concluídos e apontam para um reajuste médio de 15% no imposto sobre o setor (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 15h48.

Porto Velho - A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira, 19, após visita à hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho (RO), que o governo vai "cumprir o acordo" com o setor de bebidas e não tem "nenhum interesse" em aumentar a carga tributária sobre o setor "nos próximos dias".

"Nós fizemos uma negociação com o setor de bebidas no sentido de que eles iam aumentar o consumo e com isso compensaria, não teria aumento. Agora, a partir da Copa, depois da Copa, vai se ver, mas não se tem nos próximos dias nenhum interesse em fazer (o aumento da carga tributária). Vamos cumprir o acordo com o setor", disse Dilma, que conversou com jornalistas após visitar as instalações da hidrelétrica.

Conforme antecipou o Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, o governo deve adiar mais uma vez o aumento da carga tributária sobre o setor de bebidas frias - cerveja, água, isotônicos e refrigerantes -, que está previsto para o dia 1º de setembro.

A reportagem apurou que os estudos técnicos da Receita Federal já estão concluídos e apontam para um reajuste médio de 15% no imposto sobre o setor, mas fontes da equipe econômica avaliam que a tendência é haver um novo adiamento para evitar pressões adicionais sobre os índices de inflação, além de um desgaste político às vésperas de eleição presidencial, sem um efeito relevante na arrecadação federal.

Nas contas da área técnica do governo, a mudança de alíquotas significaria um aumento nas receitas entre R$ 350 milhões e R$ 400 milhões até o fim de 2014, valores considerados baixos para "salvar" a meta de superávit primário.

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