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Vamos colocar as cartas na mesa, diz FHC sobre lista de Fachin

O ex-presidente afirmou que não tem nada a esconder, e disse que por enquanto, é tudo muito vago

FHC: o ex-presidente disse, ainda, que o Brasil precisa hoje de transparência (foto/Divulgação)

FHC: o ex-presidente disse, ainda, que o Brasil precisa hoje de transparência (foto/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de abril de 2017 às 18h42.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso usou as redes sociais nesta quarta-feira, 12, para comentar a delação de Emílio Odebrecht, despachada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

O delator disse ter pago "vantagens indevidas não contabilizadas" às campanhas do tucano.

"Isso nunca chegou ao meu conhecimento, mas também não posso responder nada porque não conheço o texto do que realmente foi declarado e se houve alguma referência específica pelo senhor Emílio."

O ex-presidente disse, ainda, que o Brasil precisa hoje de transparência.

"A Lava Jato está colaborando no sentido de colocar as cartas na mesa. Vamos colocar as cartas na mesa", disse o tucano.

"Eu não tenho nada a esconder, nada a temer, e vou ver com calma do que se trata. Por enquanto, não é nada específico, é tudo muito vago."

FHC também criticou a transcrição do despacho, que disse que as campanhas foram em 1993 e 1997.

"Está erradamente no texto, não houve campanha em 93, nem 97. É 1994 e 1998."

Pela falta de foro privilegiado do ex-presidente, Fachin declinou da competência sobre essa investigação.

No despacho, o ministro determinou que a remessa dos autos fosse para a primeira instância da Justiça Federal em São Paulo, onde mora o tucano.

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