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Valério cita Lula e Palocci em novo depoimento ao MPF

Empresário condenado afirmou que, se for incluído no programa de proteção à testemunha, poderá dar mais detalhes das acusações


	Marcos Valério, em Belo Horizonte: segundo investigadores, depoimento há menção ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ex-ministro Antonio Palocci
 (Cristiano Mariz/VEJA)

Marcos Valério, em Belo Horizonte: segundo investigadores, depoimento há menção ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ex-ministro Antonio Palocci (Cristiano Mariz/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 09h16.

Brasília e São Paulo - Empresário condenado como o operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza prestou depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) no fim de setembro. Espontaneamente, marcou uma audiência com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Fez relatos novos e afirmou que, se for incluído no programa de proteção à testemunha - o que o livraria da cadeia -, poderá dar mais detalhes das acusações.

Dias depois do novo depoimento, Valério formalizou o pedido para sua inclusão no programa de testemunhas enviando um fax ao Supremo Tribunal Federal. O depoimento é mantido sob sigilo. Segundo investigadores, há menção ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ex-ministro Antonio Palocci e a outras remessas de recursos para o exterior além da julgada pelo Supremo no mensalão - o tribunal analisou o caso do dinheiro enviado a Duda Mendonça em Miami e acabou absolvendo o publicitário.

Ainda no recente depoimento à Procuradoria, Valério disse já ter sido ameaçado de morte e falou sobre um assunto com o qual parecia não ter intimidade: o assassinato em 2002 do então prefeito de Santo André, Celso Daniel.

A "troca" proposta pelo empresário mineiro, se concretizada, poderá livrá-lo da prisão porque as testemunhas incluídas no programa de proteção acabam mudando de nome e passam a viver em local sigiloso tentando ter uma vida normal. No caso da condenação do mensalão, Valério será punido com regime fechado de detenção. A pena ultrapassou 40 anos - o tempo da punição ainda poderá sofrer alterações no processo de dosimetria. O empresário ainda responde a pelo menos outras dez ações criminais, entre elas a do mensalão mineiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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