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Vale não podia usar barragem, diz secretaria

A Secretaria do Meio Ambiente de Minas informou que o transporte de rejeitos de mina para a barragem de Fundão não estava previsto no licenciamento da represa


	Homem em meio à lama em Mariana após desastre: 5% dos 55 milhões de m³ de rejeitos de minério de ferro de Fundão, que se rompeu em 5 de novembro, saíram da mina de Alegria
 (Ricardo Moraes/REUTERS)

Homem em meio à lama em Mariana após desastre: 5% dos 55 milhões de m³ de rejeitos de minério de ferro de Fundão, que se rompeu em 5 de novembro, saíram da mina de Alegria (Ricardo Moraes/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2015 às 11h57.

Belo Horizonte - A Secretaria do Meio Ambiente de Minas informou ontem que o transporte de rejeitos de minério de ferro da mina de Alegria, da Vale - controladora da Samarco -, para a barragem de Fundão não estava previsto no processo de licenciamento da represa. Conforme a pasta, o transporte podia ser feito desde que estivesse dentro dos autos de licenciamento.

Segundo a Vale, 5% dos 55 milhões de m³ de rejeitos de minério de ferro de Fundão, que se rompeu em 5 de novembro, saíram da mina de Alegria.

Segundo o Ministério Público Federal, o volume seria ainda maior, de 28%. Para justificar o transporte de rejeitos, a Vale apresentou contrato de 1989, entre a empresa Samitri e a Samarco, estabelecendo o envio do material. A duas empresas foram compradas pela Vale na década de 1990.

Subiu para 16 o número de mortes confirmadas pelo rompimento da barragem de Fundão, no Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana. Segundo a Polícia Civil de Minas, o corpo achado ontem perto do distrito de Camargos, a 7 km do local do acidente, é de Antônio Prisco de Souza, de 74 anos, morador de Bento Rodrigues. O reconhecimento foi feito por familiares.

Com a identificação, cai para três o número de desaparecidos depois da tragédia.

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