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Vai ter greve do Metrô em SP? Sindicato realiza assembleia nesta quarta para discutir paralisação

O sindicato afirma que a ideia é que, caso seja aprovada, a paralisação na próxima terça-feira tenha a participação da CPTM, Sabesp, professores, profissionais da saúde e da Fundação Casa

Greve: No dia 3 de outubro, uma greve unificada com os servidores do Metrô, CPTM e Sabesp teve grande impacto na capital paulista (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Greve: No dia 3 de outubro, uma greve unificada com os servidores do Metrô, CPTM e Sabesp teve grande impacto na capital paulista (Fernando Frazão/Agência Brasil)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 22 de novembro de 2023 às 06h01.

Última atualização em 23 de novembro de 2023 às 15h22.

O sindicato dos metroviários de São Paulo realiza nesta quarta-feira, 22, às 18h30, uma assembleia para discutir uma possível greve da categoria no próximo dia 28 de novembro. Desde outubro, a categoria está em estado de greve contra as advertências aplicadas pelo Metrô e as privatizações e terceirizações em discussão pelo governo Tarcísio de Freitas. O resultado da votação será divulgado nesta quinta-feira, 23, às 19h. 

"A categoria metroviária está convocada para assembleia dia 22/11 para debater a nossa participação nessa greve. Ela terá um papel importante para frearmos a tentativa do governador Tarcísio de Freitas destruir São Paulo", diz o comunicado. 

O sindicato afirma que a ideia é que, caso seja aprovada, a paralisação da próxima terça-feira tenha a participação de trabalhadores da CPTM, Sabesp, professores, profissionais da saúde e da Fundação Casa.

"Depois da poderosa greve do dia 3 de outubro, a luta cresceu: mais categorias se somaram às mobilizações. Nosso Sindicato seguiu apostando na unidade com outras categorias e um novo dia de greve unificada foi marcado: 28/11. Agora, além de trabalhadores do Metrô, CPTM, Sabesp, a luta unificada conta com os professores, trabalhadores da saúde e Fundação Casa", afirma.

No dia 3 de outubro, uma greve unificada com os servidores do Metrô, CPTM e Sabesp teve grande impacto na capital paulista, que registrou mais de 600 km de lentidão. O rodízio foi suspenso e as administrações estadual e municipal decretaram ponto facultativo. Apenas as creches e escolas municipais e postos de saúde funcionaram. Escolas da rede estadual ficaram fechadas. As linhas do Metrô não funcionaram durante todo o dia e a CPTM teve linhas com operação parcial ou fechadas. Em meio à greve, a linha 9-esmeralda apresentou falha elétrica e os trechos entre as estações Morumbi e Villa Lobos-Jaguaré foram paralisados.

Por que o Metrô pode entrar em greve?

Desde junho, os metroviários, ferroviários e trabalhadores da Sabesp exigem que o governo interrompa os processos de privatizações imediatamente, cancele os pregões de terceirização do Metrô e consulte a população por meio de um plebiscito sobre as entrega das empresas estatais à iniciativa privada. Eles afirmam que a concessão de linhas de transporte e da rede de água e esgoto vão piorar a qualidade dos serviços. E citam, como exemplo, o aumento das falhas nas linhas 8 e 9 da CPTM após a concessão à ViaMobilidade.

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