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Greve em SP: Metrô está funcionando hoje? Veja situação das linhas nesta terça

As categorias prometem realizar um grande ato público na Alesp com a adesão dos professores da rede municipal e estadual, movimentos sociais e sindicais

Greve: paralisação vai afetar linhas do Metrô e CPTM (Paulo Pinto/Agência Brasil)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 28 de novembro de 2023 às 00h02.

Última atualização em 28 de novembro de 2023 às 10h51.

Os sindicatos do Metrô, CPTM e Sabesp realizam nesta terça-feira, 28, uma greve unificada. Os servidores afirma que a paralisação é contra as privatizações e terceirizações em discussão pelogoverno Tarcísio de Freitas, como da Sabesp, em tramitação na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

As categorias prometem realizar um grande ato público na Alesp com a adesão dos professores da rede municipal e estadual, movimentos sociais e sindicais. Os deputados estaduais realizam uma audiência pública sobre a privatização.

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Os metroviários e ferroviários afirmaram que poderiam trabalhar normalmente nesta terça caso o governo do estado não cobrasse passagem da população. O governador Tarcísio de Freitas negou a possibilidade de catraca livre e entrou na Justiça para que 100% do efetivo trabalhe no horário de pico.

Não temos como controlar o fluxo. Se acontecer um acidente, teremos falhado. Se uma pessoa for parar na linha, teremos falhado. É o motivo pelo qual nenhum governo libertou a catraca. E nós também não vamos liberar", disse em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes na tarde de segunda.

Com a paralisação, as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata funcionam de forma parcial ou estão fechadas nesta terça-feira. Na CPTM, as linhas 7-rubi, 10-turquesa, 11-coral, 12-safira e 13-jade também operam parcialmente. As linhas 4-amarela, 5-lilás, 8-diamante e 9-esmeralda vão operar normalmente em meio à greve -- elas são administradas pela iniciativa privada. Ainda não está claro se a paralisação dos trabalhadores da Sabesp terá algum impacto para a população.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou, em decisão divulgada na segunda-feira, que 80% dos funcionários do Metrô devem trabalhar no horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h), e 60% do efetivo nos demais períodos, durante a greve da categoria. A decisão, assinada pelo desembargador Marcelo Freire Gonçalves, determina multa diária de R$ 700 mil ao sindicato dos metroviários caso a determinação seja descumprida.

No caso dos ferroviários,a Justiça determinou, por meio do desembargador Fernando Alvaro Pinheiro, que 85% do efetivo deve trabalhar nos horários de picos (4h às 10h e 16h às 21h), e 60% atuem nos demais intervalos durante esta terça. A multa para o sindicato dos ferroviários é de R$ 600 mil por dia, em caso de descumprimento da medida.

Sobre a Sabesp , o TRT decidiu que os empregados deverão manter disponíveis 70% do contingente ligado à prestação de serviços essenciais de saneamento básico, tratamento e abastecimento de água, bem como esgoto. A multa diária é de R$ 30 mil se a decisão for desrespeitada.

Rodízio suspenso, frota de ônibus reforçada e ponto facultativo

A prefeitura de São Paulo anunciou a suspensão do rodízio de veículos na terça-feira, 28, em meio à greve dos trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp . A administração municipal decretou ainda ponto facultativo e determinou operação especial para os ônibus. Creches, escolas, unidades de saúde, serviços de segurança urbana, de assistência social, do serviço funerário, vão funcionar normalmente.

Segunda greve em dois meses

Está é a segunda greve dos trabalhadores entre os trilhos em dois meses. No dia 3 de outubro, uma greve unificada com os servidores do Metrô, CPTM e Sabesp teve grande impacto na capital paulista, que registrou mais de 600 km de lentidão. O rodízio foi suspenso e as administrações estadual e municipal decretaram ponto facultativo. Apenas as creches e escolas municipais e postos de saúde funcionaram. Escolas da rede estadual ficaram fechadas. As linhas do Metrô não funcionaram durante todo o dia e a CPTM teve linhas com operação parcial ou fechadas. Em meio à greve, a linha 9-esmeralda apresentou falha elétrica e os trechos entre as estações Morumbi e Villa Lobos-Jaguaré foram paralisados.

Pressão contra privatizações

Desde junho, os metroviários e ferroviários realizam publicações para pressionar a gestão Tarcísio a rever o plano de concessões de linhas do Metrô. Em janeiro, logo após a posse, Tarcísio afirmou que tinha planos para privatização das linhas do Metrô. Os estudos de viabilidade da concessão das linhas 1, 2 e 3 para a iniciativa privada devem ser anunciados nos próximos meses. Em abril, o governador autorizou estudos de concessão das linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da CPTM, além da futura linha 14-Ônix. A administração estadual já assinou um contrato com a IFC (Corporação Financeira Internacional) do Banco Mundial para fazer a modelagem das concessões.

Quais linhas do Metrô e da CPTM são afetadas pela greve?

Situação das linhas atualizada às 9h15 pelo governo do estado.

Metrô

CPTM – em operação parcial desde às 5h

As integrações estão funcionando mas estações que estão abertas.

Tem greve de ônibus hoje?

Não, os ônibus funcionam normalmente durante a paralisação do Metrô e CPTM. A prefeitura anunciou um reforço da frota de ônibus, com mais 200 veículos em circulação.

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