Vaccari diz que acusação de Janot é "improcedente"
O procurador entregou uma denúncia formal ao STF contra o "quadrilhão" do PT, envolvendo Lula, Dilma, cinco ex-ministros e o próprio Vaccari
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de setembro de 2017 às 18h51.
São Paulo - O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto declarou nesta quarta-feira, 6, por meio de sua defesa, que a acusação do procurador-geral da República - imputando a ele organização criminosa - "é totalmente improcedente".
Em nota, o criminalista Luiz Flávio Borges D'Urso, defensor de Vaccari, se referiu à acusação como "surpreendente denúncia".
Na terça-feira, 5, Janot entregou ao Supremo Tribunal Federal denúncia formal contra o "quadrilhão" do PT, envolvendo os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, cinco ex-ministros petistas (Antônio Palocci, Guido Mantega, Edinho Silva, Paulo Bernardo e Gleisi Hoffman) e o próprio Vaccari.
O procurador pediu a condenação de todo o grupo alegando que eles formaram uma organização criminosa para desvios de recursos públicos entre 2002 e 2016.
D'Urso é taxativo. "O sr. Vaccari, enquanto tesoureiro do PT, cumpriu seu papel, de solicitar doações legais destinadas ao partido, as quais sempre foram depositadas na conta bancária partidária, com respectivo recibo e a prestação de contas às autoridades competentes, tudo dentro da lei e com absoluta transparência."
O advogado assinalou que Vaccari "continua confiando na Justiça brasileira e tem convicção de que as acusações que lhe são dirigidas haverão de ser rejeitadas".