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Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2013 às 18h46.
Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, condenou hoje (28) o uso de armas químicas, o que ele classificou como “intolerável”.
O chanceler alertou sobre o risco de uma decisão, tomada fora do âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de intervenção armada na Síria, caracterizar violação do direito internacional. De acordo com Figueiredo, o uso da força deve ser o último recurso. O Brasil defende a busca do consenso pelo diálogo e pela negociação.
“Sabe-se que há fortes indícios de uso de armas químicas na Síria. Isso é intolerável. Não é aceitável”, disse Figueiredo, referindo-se aos ataques ocorridos há uma semana nos arredores de Damasco, capital da Síria, que mataram cerca de 750 pessoas, principalmente crianças e adolescentes.
O chanceler lembrou que a posição do Brasil é contrária, em geral, ao uso da força. “É o último recurso. A decisão deve ser autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas”, ressaltou ele, acrescentando que aprovar medidas, sem o consentimento do conselho, é uma violação ao direito internacional.
O agravamento dos confrontos na Síria levou os governos do Reino Unido e da França defenderam a intervenção armada com o apoio dos Estados Unidos. O Conselho de Segurança analisa uma resolução, apresentada pelos britânicos, condenando o uso de armas químicas na Síria e sugerindo a intervenção.
A crise na Síria foi deflagrada em março de 2011, em meio a disputas pelo poder entre o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, e a oposição. Mais de 100 mil pessoas morreram nos conflitos armados e há denúncias de violação de direitos humanos. No último dia 21, organizações não governamentais divulgaram que forças do governo usaram armas químicas contra civis.