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Adolescentes são transferidos antes da demolição do Uipp

Com processo de desocupação concluído, antigo Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje) está pronto para demolição que acontece no próximo sábado

Último grupo de adolescentes que cumprem medida de internação no antigo Caje é levado para as novas unidade de internação: jovens cumpriam medidas socioeducativas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 15h11.

Brasília - Cem adolescentes foram transferidos hoje (27) da Unidade de Internação do Plano Piloto (Uipp), antigo Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje). Com o processo de desocupação concluído, a unidade está pronta para a demolição que acontece neste sábado (29).

Os adolescentes cumpriam medidas socioeducativas e foram levados para unidades de internação em São Sebastião e Santa Maria e para unidades do Recanto das Emas e Planaltina. Eles serão realocados de acordo com a faixa etária e perfil da medida a ser cumprida, conforme determina o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).

O Caje apresenta um histórico de rebeliões, superlotação e situações de insalubridade que fez com que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recomendasse, por duas vezes, em 2010 e 2013, o fechamento da unidade.

O prédio, inaugurado em 1976, tem capacidade para 160 socioeducandos, mas chegou a contar com 470, no início de 2013, segundo a Secretaria da Criança do Distrito Federal. Trinta mortes foram registradas nos 38 anos de funcionamento da instituição.

Segundo a subsecretária do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal, Maria Yvelonia Araújo Barbosa, a transferência representa um novo momento para o sistema. “Há 38 anos que essa unidade representa uma catástrofe social e hoje conseguimos virar essa página. Esses adolescentes agora estão em unidades que favorecem o processo socioeducativo, que proporcionam espaço pra atividades de cultura, esporte e lazer, espaços ecumênicos”, ressaltou.

Os primeiros adolescentes foram transferidos em outubro de 2013, seguindo a recomendação do CNJ, que deu prazo até dezembro de 2014 para a desativação da unidade.

Maria Yvelonia explica que para evitar os mesmos problemas do Caje nas novas unidades, a Secretaria da Criança trabalha em pareceria com o sistema de Justiça. “Temos feito um acompanhamento para que a saída dos adolescentes seja feita no prazo correto. E, além do trabalho socioeducativo no momento do cumprimento da medida, nós também vamos trabalhar com os egresso do sistema. Com isso, acreditamos na diminuição dessa continuidade na vida de ato infracional”.

Segundo a subsecretária, os adolescentes e suas famílias têm demonstrado aprovação às novas unidades de internação. “Quando transferimos as meninas, por exemplo, elas ficaram muito empolgadas em saber que seriam duas adolescentes por quarto, que agora elas conseguiriam ter mais privacidade”, contou Maria.

A partir da demolição do antigo Caje, o Sistema Socioeducativo do Distrito Federal passa a ser composto por sete unidades de Internação, com 893 adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.

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Os adolescentes cumpriam medidas socioeducativas e foram levados para unidades de internação em São Sebastião e Santa Maria e para unidades do Recanto das Emas e Planaltina. Eles serão realocados de acordo com a faixa etária e perfil da medida a ser cumprida, conforme determina o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).

O Caje apresenta um histórico de rebeliões, superlotação e situações de insalubridade que fez com que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recomendasse, por duas vezes, em 2010 e 2013, o fechamento da unidade.

O prédio, inaugurado em 1976, tem capacidade para 160 socioeducandos, mas chegou a contar com 470, no início de 2013, segundo a Secretaria da Criança do Distrito Federal. Trinta mortes foram registradas nos 38 anos de funcionamento da instituição.

Segundo a subsecretária do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal, Maria Yvelonia Araújo Barbosa, a transferência representa um novo momento para o sistema. “Há 38 anos que essa unidade representa uma catástrofe social e hoje conseguimos virar essa página. Esses adolescentes agora estão em unidades que favorecem o processo socioeducativo, que proporcionam espaço pra atividades de cultura, esporte e lazer, espaços ecumênicos”, ressaltou.

Os primeiros adolescentes foram transferidos em outubro de 2013, seguindo a recomendação do CNJ, que deu prazo até dezembro de 2014 para a desativação da unidade.

Maria Yvelonia explica que para evitar os mesmos problemas do Caje nas novas unidades, a Secretaria da Criança trabalha em pareceria com o sistema de Justiça. “Temos feito um acompanhamento para que a saída dos adolescentes seja feita no prazo correto. E, além do trabalho socioeducativo no momento do cumprimento da medida, nós também vamos trabalhar com os egresso do sistema. Com isso, acreditamos na diminuição dessa continuidade na vida de ato infracional”.

Segundo a subsecretária, os adolescentes e suas famílias têm demonstrado aprovação às novas unidades de internação. “Quando transferimos as meninas, por exemplo, elas ficaram muito empolgadas em saber que seriam duas adolescentes por quarto, que agora elas conseguiriam ter mais privacidade”, contou Maria.

A partir da demolição do antigo Caje, o Sistema Socioeducativo do Distrito Federal passa a ser composto por sete unidades de Internação, com 893 adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.

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