Tucanos chamam vice do PSB de petista infiltrado
PSDB partiu para o ataque contra Roberto Amaral, após declarações de que o adversário de Eduardo Campos nas eleições é Aécio
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2013 às 20h19.
Brasília - O PSDB partiu nesta sexta-feira, 18, para o ataque contra o vice-presidente do PSB , Roberto Amaral, após declarações dele ao jornal O Estado de S. Paulo de que o adversário do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), nas eleições, é o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Para os tucanos, Amaral faz o "jogo do governo" e age como um "petista infiltrado" ao sugerir embate entre os dois pré-candidatos que são apontados como alternativa à continuidade da presidente Dilma Rousseff. Na visão deles, é preciso manter as pontes abertas porque um precisará do outro. Secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira colocou panos quentes dizendo discordar da análise de Amaral e que vê Aécio como "potencial aliado" numa disputa de segundo turno.
Vice-presidente do PSDB, o senador Cássio Cunha Lima (PB) classificou de "equívoco político" o episódio. "A declaração do Roberto Amaral, a quem respeito, é um equívoco sem tamanho. Parece coisa de um petista infiltrado para fazer o jogo do governo. Aécio, Eduardo Campos e Marina Silva representam propostas de mudança para o Brasil e estão unidos na crítica ao modelo atual do PT", afirmou o senador.
Cunha Lima afirmou que deseja promover um encontro entre Aécio e Campos para que ambos possam discutir de forma programática as mudanças que cada um vê como necessárias para o Brasil. Na visão do senador, tal diálogo pode ser iniciado desde já com vistas a uma aproximação em eventual segundo turno.
O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), disse ter ficado "perplexo" com as declarações do vice de Eduardo Campos no PSB. "Imagino que no momento em que um partido se inscreve na disputa dentro de um conceito de mudança, o principal adversário tem de ser quem está no poder", afirmou. "Tenho a convicção de que o Eduardo não endossa essa atitude sectária, hostil e míope", complementou.
Os dois tucanos afirmaram que é preciso cautela na relação para não dar razão ao marqueteiro da presidente, João Santana, que em entrevista pregou uma antropofagia dos "anões" na eleição presidencial facilitando a vitória de Dilma.
O secretário-geral do PSB tenta colocar panos quentes no debate. "É uma visão do Roberto Amaral, não de todo o PSB. Eu não tenho essa visão. Todos que disputam são adversários e no caso do Aécio ele é, inclusive, um potencial aliado caso a gente chegue no segundo turno", afirmou Carlos Siqueira. Ele defendeu o colega de partido dizendo ser Amaral um quadro histórico do PSB e que não estaria a serviço do PT.
Pregando respeito e cautela nas relações com o PSDB, Siqueira defendeu uma campanha civilizada, com defesa de ideias e sem tratar adversários como inimigos. Disse ainda que eventual radicalização pode levar as próximas eleições para um debate semelhante ao que ocorreu em 2010, no qual não houve debate profundo de propostas, na sua visão. Amaral não foi localizado para comentar as declarações dos tucanos.
Brasília - O PSDB partiu nesta sexta-feira, 18, para o ataque contra o vice-presidente do PSB , Roberto Amaral, após declarações dele ao jornal O Estado de S. Paulo de que o adversário do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), nas eleições, é o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Para os tucanos, Amaral faz o "jogo do governo" e age como um "petista infiltrado" ao sugerir embate entre os dois pré-candidatos que são apontados como alternativa à continuidade da presidente Dilma Rousseff. Na visão deles, é preciso manter as pontes abertas porque um precisará do outro. Secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira colocou panos quentes dizendo discordar da análise de Amaral e que vê Aécio como "potencial aliado" numa disputa de segundo turno.
Vice-presidente do PSDB, o senador Cássio Cunha Lima (PB) classificou de "equívoco político" o episódio. "A declaração do Roberto Amaral, a quem respeito, é um equívoco sem tamanho. Parece coisa de um petista infiltrado para fazer o jogo do governo. Aécio, Eduardo Campos e Marina Silva representam propostas de mudança para o Brasil e estão unidos na crítica ao modelo atual do PT", afirmou o senador.
Cunha Lima afirmou que deseja promover um encontro entre Aécio e Campos para que ambos possam discutir de forma programática as mudanças que cada um vê como necessárias para o Brasil. Na visão do senador, tal diálogo pode ser iniciado desde já com vistas a uma aproximação em eventual segundo turno.
O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), disse ter ficado "perplexo" com as declarações do vice de Eduardo Campos no PSB. "Imagino que no momento em que um partido se inscreve na disputa dentro de um conceito de mudança, o principal adversário tem de ser quem está no poder", afirmou. "Tenho a convicção de que o Eduardo não endossa essa atitude sectária, hostil e míope", complementou.
Os dois tucanos afirmaram que é preciso cautela na relação para não dar razão ao marqueteiro da presidente, João Santana, que em entrevista pregou uma antropofagia dos "anões" na eleição presidencial facilitando a vitória de Dilma.
O secretário-geral do PSB tenta colocar panos quentes no debate. "É uma visão do Roberto Amaral, não de todo o PSB. Eu não tenho essa visão. Todos que disputam são adversários e no caso do Aécio ele é, inclusive, um potencial aliado caso a gente chegue no segundo turno", afirmou Carlos Siqueira. Ele defendeu o colega de partido dizendo ser Amaral um quadro histórico do PSB e que não estaria a serviço do PT.
Pregando respeito e cautela nas relações com o PSDB, Siqueira defendeu uma campanha civilizada, com defesa de ideias e sem tratar adversários como inimigos. Disse ainda que eventual radicalização pode levar as próximas eleições para um debate semelhante ao que ocorreu em 2010, no qual não houve debate profundo de propostas, na sua visão. Amaral não foi localizado para comentar as declarações dos tucanos.