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Exonerado servidor que participava da coordenação de inserções de propaganda eleitoral em rádio e TV

O TSE informou que "vem realizando alterações gradativas em sua equipe"

TSE: prazo para registro de candidaturas acaba em 15 de agosto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

TSE: prazo para registro de candidaturas acaba em 15 de agosto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 26 de outubro de 2022 às 13h53.

Última atualização em 26 de outubro de 2022 às 14h10.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exonerou nesta quarta-feira, 26, o servidor público Alexandre Gomes Machado, de 51 anos, que participava da coordenação do pool de emissoras que transmitem propaganda eleitoral em rádio e televisão. Questionado, o TSE informou que "em virtude do período eleitoral, a gestão do TSE vem realizando alterações gradativas em sua equipe".

Após a demissão, Machado foi à Polícia Federal prestar depoimento voluntariamente e disse ter sido demitido “sem que houvesse nenhum motivo aparente”, 30 minutos após ter enviado um e-mail no qual indicava irregularidades nas inserções de propagandas eleitorais em rádios. 

O servidor disse ter recebido um e-mail de uma emissora de rádio admitindo que, entre os dias 7 e 10 de outubro, havia deixado de repassar em sua programação 100 inserções da Coligação Pelo Bem do Brasil, referente ao candidato Jair Bolsonaro.

Machado afirma ter comunicado o fato para Ludmila Boldo Maluf, chefe de gabinete do Secretário Geral da Presidência do TSE, por e-mail. “Cerca de 30 minutos após esta comunicação foi informado, pelo seu chefe imediato, de que estava sendo exonerado”, contou à PF. 

Segundo o servidor, que disse ter se sentido “vítima de abuso de autoridade”, ninguém informou o motivo da exoneração. Ele conta ter sido “conduzido por seguranças para o exterior do tribunal, tendo ainda que entregar o seu crachá de servidor”.

À PF, Machado disse “temer por sua integridade física ou que lhe sejam imputados fatos desabonadores para desviar o foco de problemas na fiscalização de inserções”. 

Machado disse que, desde 2018, tem “informado reiteradamente ao TSE que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita”. Segundo ele, era preciso fazer uma fiscalização “para saber se as propagandas de fato estariam sendo veiculadas”. 

Machado tomou posse como analista judiciário no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) em 2010, mas foi removido para o TSE em 2014.

Nesta segunda-feira, a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, ingressou com ação no TSE pedindo a suspensão das propagandas do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, no rádio até que o espaço destinado a Bolsonaro se iguale ao de Lula.

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