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Truculência no Congresso

O Congresso voltou aos trabalhos nesta terça-feira com os ânimos exaltados. De um lado, o governo e seus aliados querendo mostrar normalidade; de outro, a oposição tentando paralisar a tramitação de qualquer projeto. O bicho pegou na leitura do parecer da reforma trabalhista no Senado. A tramitação havia sido paralisada na semana passada pelo senador […]

EMPURRA-EMPURRA NO SENADO: a reforma trabalhista avançou, apesar da pressão da oposição  / Agência Senado

EMPURRA-EMPURRA NO SENADO: a reforma trabalhista avançou, apesar da pressão da oposição / Agência Senado

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2017 às 18h59.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h05.

O Congresso voltou aos trabalhos nesta terça-feira com os ânimos exaltados. De um lado, o governo e seus aliados querendo mostrar normalidade; de outro, a oposição tentando paralisar a tramitação de qualquer projeto. O bicho pegou na leitura do parecer da reforma trabalhista no Senado.

A tramitação havia sido paralisada na semana passada pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) após as denúncias de executivos da J&F contra o presidente Michel Temer. Após o final de semana de articulação, no entanto, Temer conseguiu convencer os tucanos a seguirem com o calendário. A sessão foi tensa desde o começo, às 8h30 da manhã. Em entrevista a EXAME.com, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que a oposição iria fazer o que fosse preciso para obstruir a pauta.

Em meio a empurrões e gritaria, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Ataídes Oliveira (PSDB-TO) bateram boca e quase chegaram às vias de fato. Membros do governo tentavam fazer a leitura do relatório favorável do senador Ferraço(PSDB-ES), enquanto a oposição tentava obstruir. Randolfe disse para Oliveira que ele “apoiava um governo corrupto”. O tucano respondeu chamando-o de “moleque”. A sessão foi suspensa por 40 minutos, mas a Mesa Diretora deu o relatório como lido para seguir a tramitação. A oposição diz que a medida é “típica de um governo autoritário” e que vai tentar anular a sessão.

“A posição da oposição foi primitiva. Todos podem se posicionar na democracia, mas os gestos foram toscos, de quem não está acostumado com os debates”, disse Ferraço. O governo segue com o discurso de que as votações são fundamentais para que evitar um novo mergulho na economia. A oposição vai manter a pressão. Não espere gentilezas nos próximos dias.

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