Acompanhe:

Tribunal condena vereador do DEM que aumentou patrimônio em 617%

Gilberto Marcelo Bazzan, o Betinho, do Mato Grosso, terá seus direitos políticos suspensos por oito anos e perderá um imóvel no valor de R$ 500 mil

Modo escuro

Continua após a publicidade
 (Mario Tama/Getty Images)

(Mario Tama/Getty Images)

R
Renato Vasconcelos, do Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de outubro de 2018 às, 10h21.

Última atualização em 27 de outubro de 2018 às, 10h22.

São Paulo - A Primeira Câmara de Direito Público e Coletivo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso condenou um vereador da cidade mato-grossense de Brasnorte, localizada a 579 km de Cuiabá, pelo aumento injustificado de 617% do patrimônio em dois anos. Pela decisão, Gilberto Marcelo Bazzan (DEM), o Betinho, terá seus direitos políticos suspensos por oito anos e perderá um imóvel no valor de R$ 500 mil.

Bazzan já havia sido condenado após uma ação civil pública do Ministério Público Estadual questionar o rápido crescimento patrimonial. Tendo como fonte única de renda a Câmara de Brasnorte, município com cerca de 19 mil habitantes, o vereador receberia uma renda de R$ 137.366,00 em quatro anos.

No entanto, o aumento patrimonial de Bazzan foi de R$ 85 mil em 2007, a R$ 610 mil em 2009. Além do aumento patrimonial declarado à Receita, um dos pontos acusados pelo Ministério Público foi a aquisição de um imóvel rural no valor de R$ 500 mil.

O vereador alegou que exercia a posse do imóvel há 10 anos e que apenas formalizou a venda em 2006, pagando um valor de R$ 30 mil. Apesar da alegação, a escritura pública de compra e venda do imóvel, assim como a guia do ITBI, apontam que a transação custou meio milhão de reais.

No julgamento dos embargos, os desembargadores mantiveram a condenação imposta por improbidade administrativa. Assim, além dos direitos políticos suspensos por oito anos e da perda do imóvel rural - cujas condições da compra ele não conseguiu esclarecer -, o vereador perderá o cargo público, bem como terá que pagar uma multa no valor de R$ 125 mil.

O valor da multa, inclusive, foi a única reforma feita pelos desembargadores na sentença original. Inicialmente, o valor estabelecido havia sido de R$ 500 mil, no entanto, os magistrados entenderam que o valor extrapolaria o limite da penalidade.

"No que tange a reprimenda de multa civil no valor do acréscimo patrimonial incompatível, ou seja, de R$ 500 mil entendo que esta se mostra desproporcional para o caso, porquanto embora a conduta ímproba do ora Embargante seja grave, parece-me demasiadamente severa", diz a sentença.

Defesa

A reportagem está tentando contato com o vereador Gilberto Marcelo Bazzan. O espaço está aberto para manifestação.

Últimas Notícias

Ver mais
Em meio a xingamentos, Câmara de SP aprova reajuste de 2,16% aos servidores
Brasil

Em meio a xingamentos, Câmara de SP aprova reajuste de 2,16% aos servidores

Há 2 dias

Caso Marielle: PF prende três suspeitos de mandar assassinar vereadora e Anderson Gomes
Brasil

Caso Marielle: PF prende três suspeitos de mandar assassinar vereadora e Anderson Gomes

Há 5 dias

Robinho deve cumprir pena no Brasil e ser preso imediatamente por estupro na Itália, decide STJ
Brasil

Robinho deve cumprir pena no Brasil e ser preso imediatamente por estupro na Itália, decide STJ

Há uma semana

Lewandowski prorroga por dez dias uso da Força Nacional nas buscas pelos fugitivos de Mossoró
Brasil

Lewandowski prorroga por dez dias uso da Força Nacional nas buscas pelos fugitivos de Mossoró

Há uma semana

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais