Rio de Janeiro - Mais de um milhão das trabalhadoras domésticas do Brasil contam com uma empregada em casa. É o que aponta o estudo realizado pelo Data Popular, que traça a mudança do perfil dos mais de seis milhões de trabalhadores entre caseiros, arrumadeiras, faxineiras, empregadas domésticas e diaristas nos últimos nove anos.

A análise mostrou que a renda individual da classe cresceu 18,5 pontos percentuais, número superior à média de todas as outras categorias.

O segmento representa um mercado formado por seis milhões de consumidores, que movimentam R$ 43 bilhões por ano. Destes, 5% (301 mil) pertencem às classes A e B, enquanto 55% estão na nova classe média.

Sobre o rendimento médio individual, a categoria teve o crescimento de 43,5% em nove anos. Já a média de cada brasileiro ocupado aumentou em 25% durante o mesmo período.

Em relação à educação, 23,3% das domésticas de hoje já completaram todo o ensino fundamental. Em 2002, apenas 12,7% tinham frequentado ao menos uma série do ensino médio.

A maior parte das trabalhadoras domésticas não tem registro em carteira, mas o vínculo empregatício avançou. Atualmente, 1.652 milhões de pessoas têm a situação regularizada, enquanto há nove anos apenas 1.045 milhão eram registrados.