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Torquato nega que tenha enviado relatório sobre ameaças ao TR4

O ministro disse ainda que caso sejam realmente comprovadas as ameaças a juízes ai sim a Polícia Federal pode ser acionada

Torquato Jardim: "Estou surpreso com essas notícias. Não existe relatório nenhum", afirmou (Ueslei Marcelino/Reuters)

Torquato Jardim: "Estou surpreso com essas notícias. Não existe relatório nenhum", afirmou (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de janeiro de 2018 às 20h43.

Brasília - O ministro da Justiça, Torquato Jardim, negou que tenha enviado para a Procuradoria-Geral da República (PGR) um relatório com o que foi levantado sobre as ameaças sofridas pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4° Região (TRF-4), que julgará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo dia 24.

"Estou surpreso com essas notícias. Não existe relatório nenhum", afirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Segundo Torquato, ele conversou com o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), desembargador Carlos Thompson Flores, na semana passada por telefone, para avisar que estaria na próxima sexta-feira em Porto Alegre para assinar o termo de entrega do terreno do presídio de Charqueadas e pretendia na ocasião se reunir com o presidente do TRF para verificar a situação de ameaças.

"Eu também comentei isso com o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, mas não falei em relatório", afirmou Torquato.

O ministro disse ainda que caso sejam realmente comprovadas as ameaças a juízes ai sim a Polícia Federal pode ser acionada. "Mas oficialmente não houve esse pedido por isso não há essa decisão", argumentou Torquato.

Torquato disse ainda que a Força Nacional estará em Porto Alegre no dia do julgamento com a missão de preservar e proteger os prédios públicos e a Polícia Rodoviária Federal está "engajada em fiscalizar as rodovias" para evitar tumultos. "A PF atua na precaução. É uma precaução natural, assim como houve em Curitiba", disse, referindo-se a quando o ex-presidente Lula foi a capital paranaense depor.

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