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Tornado que varreu Pirassununga pode se repetir? Veja vídeos

Fenômeno deixou parte da cidade sem energia e destelhou 300 casas; há previsão de mais tempestade, ventos fortes, raios e granizo na região a partir desta quinta, 14

Pirassununga depois do tornado: bairros ficaram sem eletricidade e 300 casas foram destelhadas (Defesa Civil/Divulgação)
CA

Carla Aranha

Publicado em 13 de outubro de 2021 às 11h45.

No último final de semana, Pirassununga, no interior de São Paulo , viveu cenas de filme – as altas temperaturas combinadas com níveis maiores de umidade levaram a um fenômeno conhecido como microexplosão, parecido com um tornado. Mais de 3.000 residências ficaram sem energia elétrica e pelo menos 300 foram destelhadas. A prefeitura deve permanecer fechada até o final da semana por conta dos estragos.

Houve também prejuízos a fiações elétricas e alagamentos em vários pontos da cidade. A Santa Casa foi um dos prédios mais atingidos e precisou suspender temporiamente o atendimento, especialmente no pronto-socorro e o centro cirúrgico. As vacinas para covid-19 foram transferidas para Piracicaba.

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Com ventos de 80 quilômetros por hora, raios e granizo, a cidade presenciou um fenômeno climático que os cientistas acreditam estar se intensificando com as mudanças climáticas. “Está havendo uma maior incidência de raios, por exemplo”, diz Daniela Freitas, meteorologista do Climatempo.

A microexplosão é formada quando as nuvens de chuva e granizo entram em contato com correntes de ar descendentes. Ao se chocar com o ar quente, as colunas de granizo e tempestade são empurradas com mais força para o solo, em um fenômeno parecido com um tornado.

Nos próximos dias, a previsão é de mais temporal, ventos fortes e granizo na região de Pirassununga, principalmente entre quinta, dia 14, e sábado, dia 16. “Há a possiblidade de novas microexplosões”, diz Freitas. No Norte e Oeste do estado, em cidades como Franca, Ribeirão Preto e Araçatuba, as condições climáticas devem ser semelhantes. As temperaturas devem começar a subir no interior de São Paulo a partir de quinta, o que, somada à umidade maior típica da primavera, pode colaborar com a formação do fenômeno.

 

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