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Tombini diz ter ferramentas para manter estabilidade

"É preciso lidar com a bonança" resumiu o presidente do BC durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, alertou que o Brasil precisa enfrentar a inflação (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, alertou que o Brasil precisa enfrentar a inflação (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2011 às 12h19.

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou hoje que o Brasil possui as ferramentas necessárias para manter a estabilidade monetária. Segundo ele, o País está lidando com a questão da valorização cambial, fruto do forte fluxo de capital, e com a alta da inflação.

O BC já apertou a política monetária, além de adotar medidas macroprudenciais para conter o avanço do crédito. "É preciso lidar com a bonança", disse hoje, durante painel sobre o Brasil no Fórum Econômico Mundial, em Davos. Para Tombini, a valorização do real "é uma situação temporária, reflexo do ambiente externo".

Segundo ele, a atual situação positiva do Brasil é resultado da estrutura criada nos últimos dez anos, com o regime de câmbio flutuante, metas de inflação e política fiscal. Essa estrutura já foi testada diversas vezes em ambientes desafiadores. Além disso, o País possui sólido sistema financeiro, o que permitiu passar bem pela crise.

Demanda

Tombini afirmou ainda que o Brasil enfrenta hoje uma situação de "muita demanda". Por isso, precisa usar as ferramentas existentes para administrar a questão. "Estamos lidando com a inflação", disse hoje, durante debate sobre o Brasil no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Segundo ele, esse não é um "grande problema", exatamente porque o País tem as ferramentas necessárias e está comprometido em lidar com a questão. Ele lembrou que o BC já elevou a Selic (a taxa básica de juros), além de ter adotado medidas macroprudenciais para conter o crédito. Em sua estreia em Davos, Tombini teve rápida participação no painel sobre o Brasil e não quis falar com a imprensa.

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