Toma lá, da cá: a troca de acusações entre Dilma e Cunha
Veja frases da troca de farpas entre presidentes da República e da Câmara; a ironia rolou solta
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2015 às 12h20.
Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 13h00.
São Paulo – Depois de ensaiarem uma aproximação na semana passada, Dilma Rousseff e Eduardo Cunha (PMDB) passaram a trocar farpas desde domingo (18). A troca de acusações, recheadas de ironia, fazem referência ao suposto envolvimento de ambos nos escândalos de corrupção investigados pela Operação Lava Jato . Ambos estão em momento político extremamente delicado. Dilma sofre com baixos índices de aprovação popular e ameaça de um processo de impeachment , justificado por conta de quebra da Lei de Responsabilidade Fiscal pela prática das pedaladas fiscais. Cunha, por sua vez, tenta evitar uma cassação de mandato no Conselho de Ética, após ser acusado de possuir contas secretas na Suíça e ser citado por delatores da Lava Jato como um dos cabeças do PMDB no esquema de corrupção. As declarações, dadas nos últimos três dias e sempre em coletivas de imprensa, acabaram gerando um grande mal estar que pode gerar fogo aberto no Congresso. Cunha tem em suas mãos a decisão de deflagrar o processo de impeachment. Dilma tem na presidência do Conselho de Ética um deputado da base aliada. Na manhã de ontem (20), foi a vez do ministro da Casa Civil , Jaques Wagner ( PT ), interferir. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, ele telefonou para a presidente Dilma e pediu que o pinga fogo parasse e que ela não provocasse mais o presidente da Câmara. Wagner alegou que o ambiente político em Brasília estava muito tenso e que qualquer declaração poderia ser mal interpretada. Depois do contexto, veja na galeria as frases que marcaram a troca de farpas entre Dilma e Cunha.